sexta-feira, 6 de maio de 2016

entrega

Onde estão as cerejas que hei-de comer?
Onde está o tempo que se há-de dar
ao tempo de cor e grato viver?
Onde me aquieto dessa dor de esperar
enquanto me anseio em desusado prazer?!
Ainda (a)guardo o sabor doce das cerejas, 
que de memória,
a boca ávida deseja...
e se entrega
às promessas do tempo e da glória.

m.c.s.

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