De mim pouco resta do que já foi belo.
As rugas tomaram assento.
As manchas se evidenciaram.
Os cabelos branquearam.
E a pele se tornou flácida.
Os músculos não resistiram à dureza dos dias.
As costas se curvaram ao peso da idade,
das ausências e perdas, da solidão e das amarguras.
E até a memória se ausenta nos hojes;
se alongando apenas no antigamente.
Que já passou e não interessa nada.
De mim pouco resta do que já foi belo.
Olhar seguro.
Palavra certa.
Gesto correcto.
Passo encaminhado.
Curiosidade apaixonada.
Descoberta entusiasmante.
Ideia inconformada.
Hoje apenas o coração me diz que siga em frente.
Que não está doente, senão de tanto querer.
De tanto sonhar.
De tanto amar.
De mim, resto eu...
m.c.s.
domingo, 10 de abril de 2016
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