Vejo-te chegando, tal qual o inverno.
Com a atitude. Desta estação.
Sentas-te. Ao meu lado.
Adivinhando os meus sonhos.
Entrando neles.
Fantasiando-os.
Não sei se os queres. Te fazem falta, ou, os vais segurar nas mãos livres, para livre ser eu, de os sonhar.
A mim, basta sentir na sombra que fazes, a luz, que me tornará menos só de ti.
Sonhando mulembas com raízes gigantes. Aéreas.
O meu baloiço. A dar balanço para voar. E continuar a sonhar cavalos de fogo...
E velhos do saco...
E sereias do bairro indígena. A kianda...
Um mundo de ti por descobrir...
O abraço que me há-de impedir de partir...
Hoje sonhei-te. E te senti perto, mais perto que alguma vez estiveste. E gostei. Desse p' ra sempre que durou um sonho meu, na madrugada.
Desta estação, onde te espero. E onde não sei fazer nada melhor do que te sonhar, ver-te chegar...
Sem comentários:
Enviar um comentário