terça-feira, 5 de janeiro de 2016

andiamo, nem que seja ao pé cochinho

Um troley. Dois sacos. Um computador. Uma estação. Chuva miúda. Um comboio. Jovens de regresso a Lisboa para recomeçarem os estudos. Domingo invernoso. Início do ano.
Um vesícula aos ais. Zangada. Escoicinhando. Sem delicadeza nem licença. Dores nas costas. Partida...
Uma viagem interminável. Gente dormindo. Na net. Auscultadores. Música. Oriente. Gente chegando. Gente partindo. A noite anunciada. A chuva continuada.
Metro. Linha vermelha. Linha amarela. Mudança. Senhor Roubado. 
Um troley. Dois sacos. Um computador. A estação. Final. Duas horas e tal depois...
Taxis, nem vê-los. A rua deserta. Chuva. Mais da mesma. Chapéu de chuva. Dificuldade. Cansaço. Sem idade para estas tropelias. Sem energia. Na mente a minha alegre casinha. A minha querida gatinha. O meu querido sofá. 
No coração, a saudade. E a memória destes quatro dias. Que já são passado.
Voltei. Ao lugar de sempre. À minha casa.
Deixei o lugar onde regresso quando preciso de um abraço. D' um espelho. D' um mimo. De alguém igual a mim. De horas de conversa que não tenho com mais ninguém. Sem qualquer espécie de filtro, defesa, protecção ou preconceito. E julgamento.
Foram uns dias diferentes. Bons. Para repetir sempre que a caçula me lá quiser. E o Paulo assinar por baixo.
Agora, andiamo - nem que seja ao pé coxinho - que o ano acabou de começar. E temos um jogo do Benfica para vermos todos juntos. No estádio da Luz. Um dia destes. E por aí adiante...

m.c.s.

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