Encontro é o acto de ir em direcção a outro, ou outros. O contrário de ir em direcção a..., é, ir Contra.
Logo, aquilo a que chamam MEET está errado, porque não se trata de um encontro mas de um desencontro feito de violência com agressões que podem ser graves e até fatais.
Sabemos que há bairros problemáticos. Crianças crescem à rédea solta.
Desintegradas, marginalizadas, carenciadas. De tudo, até de afecto.
E sabemos que a injustiça social cresce à medida que a crise aumenta e que os governantes nos crucificam.
Uns mais que outros estão nesse barco que flutua mas que pode ir ao fundo a qualquer momento.
A moda dos encontros entre jovens chegou a Lisboa. Diz que para se conhecerem e deixarem assim de ser virtuais, as amizades conseguidas nas redes sociais. Parece-me bem. Porque não?
Há no país, empresas bem sucedidas que promovem actividades, um dia de semana, no ano, para os seus empregados se aproximarem e se conhecerem melhor e assim se entrosarem no sistema. Já trabalhei para um encontro desses, organizado pelo Alfama-te, um peddy paper divertido e também ele, à semelhança da empresa, bem sucedido.
Há de vez em quando, encontro de motards, de religiosos, de antigos combatentes, de antigos estudantes, de emigrantes, antigos companheiros de tropa, de antigos moradores numa região, ( acontece muito connosco, os que deixaram Angola aquando da independência do país ou ainda antes ). Por norma todos esses encontros visam o prazer da comunhão. E têm o objectivo de avivar memórias, partilhar experiências, sorrir, gargalhar, brindar à vida, serem felizes. Há rituais semelhantes em todos eles. A comida, a bebida, a dança e a música. As longas conversas. As histórias. Os beijos e abraços.
Nestes encontros há pessoas de todas as nacionalidades, crenças, dos dois géneros, de várias idades, de todos os estratos sociais, de cor de pele e etnias diferentes.
Nunca ouvi que se envolvessem em escaramuças e se agredissem com armas brancas ou arma de fogo.
Então pergunto, porque razão estes grupos de jovens vindos quase todos de bairros suburbanos e problemáticos de Lisboa, promovem nas redes sociais o tal MEET se acabam-no, envolvendo-se em pancadaria, perturbando a liberdade de cada um, instalando o medo e mesmo o pânico em colegas, amigos e cidadãos que não fazem parte desse encontro, desafiam as autoridades e fazem vítimas entre estes ?
Será que estes encontros não são senão tentativas de destabilizar a sociedade lisboeta, o cidadão anónimo que quer fazer a sua vidinha em segurança? Será que não pretendem ajustar contas, dar azo à agressividade que têm dentro de si, vingarem-se em público mas cobardemente a coberto de um colectivo que tem muita gente boa?
Tenho p'ra mim que isto que está a ter proporções que é urgente analisar e anular é um derradeiro propósito de tomar pela força um poderzinho que se sustenta no terror. Quando jovens de quinze, dezoito anos se armam para um encontro de semelhantes é preciso actuar de forma firme e dura. Sob pena de gente adulta morrer de medo de se cruzar com gente pequena que anda louca, à solta pela cidade.
Não quero deixar de ir à Expo, ao Vasco da Gama, ao concerto de Anselmo Ralph, à Póvoa de Santo Adrião ( hoje havia um meet marcado nessa localidade aqui muito perto de mim ) ao Cais do Sodré, ou a Carcavelos porque um grupo de miúdos mijões, alguns problemáticos ( coitadinhos ) resolve que é quem mais ordena.
Hoje ouvi um psicólogo falar sobre o assunto e concordo plenamente com ele. É preciso ser-se duro com estas iniciativas que põem em causa a segurança e a liberdade de todos.
Claro que tudo isto digo eu, que não gosto de julgar ninguém, mas também tenho direito à minha liberdade, que dizem que começa quando a dos outros acaba.
( Ontem 26.08.2014 )
2 comentários:
Olá, como se sente? isto é uma calamidade. Espero que tal situação,não se repita tão depressa. A ser assim, mais vale chamar o Exército, para prevenir tais situações. beijos e um abraço. uma boa noite, para si
Olá Nuno. Tudo de bom. :)
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