terça-feira, 9 de janeiro de 2018

chuva

Chove chuva de mansinho
Lágrimas geladas
Escorrendo
pela mágoa da terra 
Seca e triste

Ensaia coreografia, dança, magia
a gaivota, 
fugida que é, ao ralhar agitado do mar

Da janela espreito a vida
A cor cinzenta, 
o monte quedo,
estendais molhados,
a manhã que passa,
embalada no balanço do som pingado, 
que ritmado, 
cai sobre as horas que avançam
nas contas dos ponteiros do tempo.

Chove chuva, de mansinho
Nem sorrisos 
nem palavras
nem sequer uma reflexão
Apenas respeito
E contemplação...

m.c.s.

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