Ela era linda.
Doce, simples, pacífica.
Qualquer pessoa que para ela olhasse, que com ela convivesse rapidamente percebia a pureza, a beleza interior do seu ser.
Nunca a ouvi julgar o seu semelhante. Tão pouco enfurecer-se.
Tinha a lágrima sempre à mão e o sorriso no olhar. A voz oscilava consoante as emoções.
Amava serenamente como serena era, desde que se levantava até que se deitava.
Ela era uma jóia rara. Um exemplo de mulher, filha e mãe. De cunhada, nora e tia. De vizinha.
Ela era aquele ser humano que qualquer um queria para o seu aconchego. A paz que cada um de nós precisa na sua vida. O porto seguro.
Por ela o mundo seria Amor. Praticava-o a cada segundo da sua vida. Por ela não vinha mal ao mundo. Este ficou a dever-lhe quase tudo.
Ela era a minha mãe. Que cedo partiu para a eternidade, depois de muito ter sofrido. Apenas com cinquenta e três anos.
Ela era a melhor pessoa do mundo. E não sou só eu, sua filha mais velha, que o afirmo. E sinto.
Hoje faria setenta e nove anos.
Por ela, tento todos os dias ser o mais próximo do que ela representava. Um ser singular. De excepção. Não consigo. Porém não desisto, porque ela me ensinou que a vida não é fácil mas é possível. E pode ser maravilhosa. E cada um de nós deve perseguir o que de melhor possui. A capacidade para ser feliz.
Enquanto a minha memória e o meu coração te recordarem, minha mãe, serás eterna em mim.
Obrigada por teres nascido. E teres sido a minha mãe.
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