A verdade, verdadinha, com alguma pena o digo, é que eu não pertenço aqui.
Não é por mal. Não é por ingratidão. Não é para ser diferente.
Eu estou cá. Vou continuar cá. Estou em casa aqui. Mas...eu não pertenço aqui.
A minha placenta ficou no outro continente. A alma, pendurada num qualquer imbondeiro de tantos que a minha áfrica tem. Na raiz.
Basta ver uma reportagem sobre Moçambique. Que a televisão mostra.
Basta ver o povo autêntico. A paisagem. Ouvir o sotaque. E a música - que me baixa a minha africanidade sem dó nem piedade.
E fico à flor da pele. Cheia de saudades.
Eu não pertenço aqui. Mas, pertencerei lá?!
Eis a minha angústia, perturbando-me o descanso equilibrado desta noite de Verão, na Europa!
m.c.s.
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