segunda-feira, 30 de novembro de 2015

o perdão

Perguntam-me como sou capaz de perdoar. 
O perdão é nobre. Próprio de patamares elevados. 
Mas também preguiça para parar no tempo. Marcá-lo e aprisioná-lo. 
Pode ser ambição. Não estar como o outro, amarrada ao mesmo sentimento pequeno. Não ficar no lugar comum.
Pode ser esperança. De me soltar da raiva, ressentimento e correntes. 
Pode ser libertação. O perdão não mais é que libertação.
Se consigo ser livre sou capaz de me perdoar e ao outro dar o perdão. 
Perguntam-me como sou capaz de perdoar.
Preguiça? Ambição, esperança, libertação?! 
Acrescento o egoísmo. Se não o fizer sou a pior lesada. 
Quero-me de bem comigo. Apaziguada.
Tal qual me sinto neste momento. Livre. 

Sem comentários: