quinta-feira, 5 de novembro de 2015

dádiva

É na tarde que cai, que me cala fundo, o silêncio que se ergue na noite.
Envolve a terra com o seu manto de luz e palavras por dizer.
Não são precisos gestos. Nem olhares. Ou ecos. 
Acendem-se as estrelas. Ligam-se os planetas. Dançam as constelações. Ao som do divino.
A voz do anoitecer diz tudo d' um poente festivo. 
Um barco no horizonte, um voo de albatroz, cânticos da kianda, lá longe. Do outro lado do mar. Do outro lado do tempo. 
Onde a festa multicor do sol fecundando a terra gera a noite e o luar. Que se prateia dando brilho e magia ao dia que se vai. 
É na tarde que cai que contemplo em exaltação o milagre da vida.
Levanto as mãos ao céu e agradeço de alma e coração tudo o que o Deus me deu.

m.c.s.

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