O Amor vive longe.
E nessa distância, se encurtam quereres e deveres; e os dias fazem-se de encontros e desencontros.
Braços abertos de acolher e abraçar, oferecer; e mãos cheias de nadas de acenar, em despedida. Perder...
Partidas e chegadas. Vazios solitários e tristes. Lugares de extrema saudade. Outros, de louca alegria. D' intensa emoção.
Não sei porque apenas os meus filhos estão neste regaço de amor, tocando-me os dias numa distância saudável, respirando o mesmo ar que eu, se o amor em mim, vai além desta tatuagem de mãe, por Deus marcada; se este amor que me descontrola as rotinas e me alimenta a inspiração, me faz olhar o espelho e pacientemente esperar. E atravessa rios, mares, fronteiras. E atravessa o tempo...
O Universo vai mostrando sinais, deixando as respostas. Trazendo em bandeja de prata, pequenas surpresas, singulares prazeres. Grandes e breves brindes. Embrulhados em delicados, mas esquizofrénicos sentimentos.
Viver num arrepio e à flor da pele nesta epiderme espinhosa que me fere, nem sempre cabe em mim; me desnuda e me cobre de questões sobre a vida e outras dimensões, parece ser a única forma de me manter atenta, expectante, amada, sonhando, antevendo, caminhando, escolhendo, amando. Viva. Rica, grata e intensamente viva. Então, viva eu! Ame eu!
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