No mar dos meus encantos. Esse mar que não cheirava, não sentia e só via nos sonhos que ainda me esforçava por sonhar. O mar que me trazia e levava recados na onda que enrolava e desenrolava na areia. O mar, que me segredava, uns segredos, que esses, sim, eu gostava de ouvir e de saber. E de guardar, então?!
Sigo a luz e contemplo a cidade e a Ilha...
Do alto da Fortaleza.
Cheira a massaroca assada e a ginguba. Da Chicala, o vento transporta o perfume, música para os meus ouvidos, prazer para os meus sentidos.
A máquina dispara imagens de luz para hoje recordar. E eu não estou em mim. Depois de comer o pão que o diabo amassou, eu estou de novo, aqui. Com os pés assentes na terra e o coração levitando num ar puro, nunca tão oxigenado, purificando esses anos todos só para eu respirar nos poros todos da minha pele, na força toda do meu amor.
É o momento. Sou feliz!
Quisera hoje, neste instante, poder dizer que estou aqui de novo, no Momento.
Na falta de me encontrar, na falta de todas as faltas, o meu olhar procura a Luz. O Mar. O momento para te abraçar. Hoje, mais do que nunca...
3 comentários:
Olá Clarinha, como eu te entendo! Bateu-me uma saudade tão grande ao rever esse bocadinho da Fortaleza! Beijinhos. Ah! e quanto ao MEO se fosse a ti já lhe tinha torcido o pescoço....GRRRRRRRRRRR
Agora fizeste-me uma lágrima no canto do olho, Clarinha. Não vale, amiga.
Como tu consegues transportar-nos no tempo e no espaço com as tuas palavras, amiga! Obrigada. Bjs
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