domingo, 28 de fevereiro de 2010

Comércio e Restauração em Montpellier









































































































































Metro de Superfície


O metro de superfície, de Montpellier numa paragem do centro da cidade, mais propriamente, na praça central.

Tribalistas-Carnavália(CD ÁUDIO)

Carnavalizando



O carnaval já lá vai. Mas eu não o passei cá. Estava em viagem.
Hoje foi o momento. O momento oportuno para socializarmos, carnavalizando.

O modelo não sou eu, mas podia ter sido. Todos os que estávamos nesta sala, tiramos fotografias ridículas, com a cabeleira encaracolada aqui presente. Para mais tarde recordarmos.
Momentos tão rídiculos que só por serem ridículos são tão hilários.
Rir faz bem aos músculos do rosto, e hoje é dia de festa. O carnaval pode ser no dia que nós quisermos, tal como o natal.
E hoje foi aniversário natalício e carnaval. E as máscaras divertidas e inofensivas.
Ao nosso jeito.

Há domingos assim

Ao domingo. De temporal e de comemoração da vida.
Porque a Joana faz anos hoje, cheguei mais cedo. Voltei para a província, à hora do almoço. Fui recebida com um abraço tão grande e fofo como a própria Joaninha. Um abraço poderoso.
E foi uma tarde de chuva e de lareira.
De doces e gargalhadas.
Em família.
Há domingos perfeitos, que parecem tardes de sábado... dos sábados do meu encanto.

Praia de Montpellier
























































Ana Moura Rumo ao sul.avi

A buganvília


A buganvília do meu quintal já não existe.
Já não entrelaçam a parede do fundo, os seus ramos pintados de amarelo.
E o baloiço parou de baloiçar ao sabor do balanço que o meu corpo lhe dava.
O cachorro negro morreu.
E a rua mudou de nome.
À noite, já não se ouvem as canções dos varredores.
E a chaminé da padaria deixou de poluir o bairro.
Cresci. Cresceram os anos, comigo.
Na minha ausência, mudaram as cores; pintaram os muros.
Ergueram paredes, puseram escritos.
Desbravaram caminhos. Abriram estradas.
Mudaram os dias.
Nasceu outra cidade.
A chuva trouxe até mim o aroma da buganvília e das mangas maduras.
Da castanha de caju a assar. Do bombô.
E a constelação, iluminando a noite, deixa-me ver daqui, os morcegos esvoaçando por entre as mangueiras que permaneceram no quintal.
Quero agarrar com força esses tempos. Misturá-los com os novos. Como se batesse claras em castelos. Com delicadeza e arte.
Serem o mesmo tempo.
Da ausência e da presença fazer um momento eterno.
Onde cabem buganvílias multicores; perfumes das rosas brancas do jardim, e das goiabas maduras.
E músicas. Muitas baladas.
E tardes de calor.
E desejos. E sonhos.
Quero adormecer envolvida no que restou de mim e desses dias.
Olhar a parede do fundo onde estava a buganvília e desenhar o futuro.
Um campo florido e perfumado.
E o muro. Onde me quero sentar a contar as estrelas que virão iluminar as minhas flores.
E permanecer ausente do que não me faz falta.

Parabéns Joana

Um dia, que já vai distante, e foi ainda agora, disseste-me que eu estava serena. Sorri para ti e de mim. Estava pouca coisa, serena é que não. Porém insististe nesse estado de alma, chamaste-lhe também, paz. E acrescentaste, que se me fosse atribuída uma cor, eu seria o Branco.
Porque não te dissera, tu não o sabias, mas era a única cor que no momento não me agredia.
Ainda hoje estou para saber o porquê dessa tua visão sobre mim. Ironicamente, pensei que eras uma miúda, ( ainda não
tinhas 20 anos ) e desconhecias os dias negros, as almas negras, à procura de luz. Ou, então, eras uma vidente, dessas que antevêem a luz que ilumina os espíritos sedentos de vida nova e apaziguada.
És uma menina inteligente e muito sensível e achei sempre que aquela tarde, junto da tua casa, não fora uma tarde qualquer. E as tuas palavras não se perderam de mim.
Criei laços fortes contigo à custa da tua personalidade e da dedicação com que me brindas. E por seres filha de quem és.
Há meses atrás, falámos ao telefone horas, uma tarde de sábado. E é como se tivesses 54 anos ou eu 23 .
É sempre assim. E quando desces ao povoado, e fazes um intervalo da Serra, temos serões deliciosos onde a tua psicologia e a minha experiência da vida se entrelaçam e surgem conversas que queria repetidas e que me fazem bem à alma e nos sentimos numa paz branca que só se sente porque há um sentimento forte de amizade a unir-nos. Podias ser minha filha, eu, tua mãe, mas não somos. Somos antes, almas da mesma idade, irmãs na linguagem e no afecto.
Hoje, completas mais um ano de vida. E por isso estou aqui.
Porque quero o melhor para ti, te desejo muitas felicidades.
Sucesso, muito sucesso profissional.
Muita alegria e paz para a tua vida.
Saúde.
Que tenhas um bom dia de aniversário. E recebas muitos presentes.
E que peças um, mil desejos ao trincares a vela e eles se concretizem.
Logo, logo, estou aí, para comemorar contigo. Porque o cardápio da tua mãe é muito tentador, mas mais do que por isso, é claro, para te dar um abraço igual ao que te dei na Covilhã antes de partir para Luanda, tão grande, mas tão grande que não caiba no Mundo. Um abraço maior do que o Universo...
Parabéns, querida Joaninha, e que este dia se repita por muitos e muitos anos.
E afinal, quando é que vamos por esse Algarve fora como combinámos no verão passado? Deves-me essa, minha menina e eu não me esqueço... Ao karaoke, ah pois, não sabias? Vou já para a semana, porque vou ter com vocês à Serra. Era para ser surpresa, mas eu dou-me mal com segredos destes que me dão alegria.
Beijos muitos. Todos, porque hoje é o teu dia. Aproveita-o bem.

O filme Um Homem Singular

Em exibição, no El Corte Inglês, onde vi.
Um Homem Singular, é um filme singular. Para ver e assimilar.
Colin Firth, encarna a figura de um professor universitário, de 52 anos em busca de algum sentido para a sua vida, após a morte do seu companheiro de sempre.
Nomeado para os óscares, poderá eventualmente vir a ser o vencedor do prémio de melhor actor.
Gostei muito.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Fim

O Verão que passou
É o fim
A amiga que partiu
É o fim
A paz que acabou
É o fim
A planta que murchou
É o fim
A vela que derreteu
É o fim
O pesadelo que terminou
É o fim
O medo que passou
É o fim...
Fim aparente!

Que o Fim não existe.
Cria-se
Quando sabemos que somos
O princípio de tudo...

Balançar

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Camponesa ou ...?

Olhando os canteiros do quintal.
Já aí vem a Páscoa. Porquê? Perguntei, advinhando mais uma vez a veia de camponesa desta amiga de todos os dias.
Os meus lírios ja têm flor!
Vantagens de crescer e viver no campo, mexendo na terra.
A minha amiga é um verdadeiro Borda d'Água...

Os Ralos

A noite está chuvosa, mas amena. Debaixo de chapéu de chuva, saimos de casa eu e a minha amiga.
Da sua casa, quase no campo, com um grande quintal, cheio de árvores de fruto, um tanque, flores, uma gata, uma cadelinha.
Digo que a noite está amena.
Ela responde-me: Pois está. Os meus ralos já cantam...
Ralos são insectos que cantam que se desunham, no tempo quente e sobretudo à noite. Parecem grilos no seu cantar e muitas vezes são confundidos com estes. Nas noites boas de Verão, no campo, é uma verdadeira sinfonia, a oferecida por estes animais que nos dizem que o tempo vai ameno e existe Vida. Hoje, a noite está quente e os ralos do quintal da minha amiga, iniciaram-se na função.
Que é como quem diz - Os Ralos já cá cantam...

De pequenino...


Disseram-me que tinham uma novidade para mim.
Esperei por ela.
Fico em pulgas para saber coisas novas. De preferência, boas.E esta é.
Então lá vai.
Parece que o Rafael, aquele menino pequenino, o filho da minha amiga, tem uma namorada.
Do Infantário...
Questionado disse que se chama...Cristina.
Que lindo! Que doçura!
E diz que : Ela é muito bonita.
E perguntaram-lhe o que fazia, e ele respondeu:Dá beijinhos.
Cristina da minha alma, peço-te que dês só beijinhos e festinhas. E sejas muito amiga dele.
Que ele é um menino de ouro.
E o pai já desconfiava, porque ele se dirige para junto de ti, assim que chega à escolinha.
Já te observa com um olhar apaixonado.
Olha os teus cabelos e sabe exactamente como te penteias.
Assim...diz ele, passando a mão pelo seu cabelo, muito docemente...
Meus amores, o amor é o mel da vida.
E de pequenino, é que se torce o pepino!...

Apenas mulher...

Conheci uma mulher...
Que foi colocada num pedestal.
Num altar sagrado.
Num santuário intocável e improfanável.
Como uma deusa.
Um anjo...
Subitamente, com pés de barro...
E perdeu o chão.
E perdeu o Norte.
Quase tudo.
Só não perdeu a consciência.
Hoje, essa mulher olha o mundo como um santuário.
E sente-se eterna peregrina, em busca da perfeição im( perfeita ) dos comuns mortais.