domingo, 10 de outubro de 2010

esquecimento

De volta ao tarrafal, a propósito, um dia destes tenho de desmistificar esta coisa de chamar tarrafal às minhas chegadas a casa, no Ribatejo, ao domingo à noite, hoje não me apetece fazê-lo, encontrei o meu telemóvel que ficou esquecido dois dias aqui. Surpreendentemente sobrevivi. Pois. Isto, eu já não vou para nova e esqueço-me das coisas.
As mulheres, para quem não é mulher e anda distraído com as compras das ditas, pois então as mulheres, algumas, muitas, têm paranóias por sapatos, perfumes e sacos. E eu mulher me confesso, adoro calçado, perfume e malas. E se posso compro. E se preciso e não preciso, compro. E depois, sou capaz de andar com o mesmo saco toda a santa semana, mas pronto, sei que os outros que são a perder de vista, estão ali mesmo à mão de semear.
Antes de viajar para Lisboa, mudei de saco. E esqueci o telemóvel no saco que ficou. Mesmo antes de chegar à capital, dei pela sua falta. Entrei em pânico. Mas não era preciso. Correu tudo tão bem que quase não me lembrei desse objecto que transformei no meu fiel amigo. Não fossem algumas pessoas que se lembram de mim ao fim de semana e me ligam e passaria a esquecê-lo com frequência, para que fizesse companhia à Pitanguinha.
Ah, verifiquei que tinha chamadas. E um número com bastante insistência. E mensagens. E fiquei com um enorme sentimento de culpa. Não foi de propósito, juro. Eu atendo sempre. Se ouvir. Mesmo que seja desconhecido. Pode ser importante. Já me tramei por isso. Mas atendo na mesma. Juro.
Bom, mas agora que estou na posse do dito telemóvel ninguém me liga. Vai-se lá perceber isto...
Mas que foi um descanso, lá isso foi.

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