quarta-feira, 28 de março de 2018

no zoo





no zoo



O amor, o talento e o trabalho...
m.c.s.

no zoo de lisboa

Rendida por este olhar...

m.c.s.

no zoo de lisboa

Cor e beleza. Harmonia e paz.

m.c.s.

no zoo de lisboa

Diz que é o amor...
a primavera...

m.c.s.

dos livros...

Os velhos podem não ser felizes por nada saberem do futuro. 
Mas são sábios. Porque têm passado. E tudo com ele viveram e aprenderam. Mesmo se muitas lágrimas nele tenham chorado.

m.c.s.

terça-feira, 27 de março de 2018

do Amor...

O Amor é um poço sem fundo, num jardim maior que o tamanho do mundo.

m.c.s.

segunda-feira, 26 de março de 2018

lisboa - uma ervilha

O Tejo está calmo. Espraiando-se docemente na margem. As andorinhas do mar, as pombas e as gaivotas misturam-se pacificamente buscando comida entre as pedras lodosas. Passarinhando-se. 
Os turistas desnudando o corpo branco alvo do norte ao dia ameno desta cidade acolhedora e hospitaleira, tiram fotos pra mais tarde recordarem e no imediato colocarem nas redes sociais provocando invejas aos mais ocupados ou desvalidos. Os jovens dos tuk tuk abordam descaradamente nacionais e estrangeiros para mais uma voltinha. Ouvem-se vozes infantis, de férias da Páscoa, pedindo gelados aos pais. Bancas de artigos de artesanato e barracas de comidas típicas tentam a venda. A sorte. Que fala várias línguas mesmo se a moeda é única. A tarde ainda tem muito para dar, que a hora mudou e a noite interrompe-a por volta das oito. Apenas.
Eu sento-me num banco de pedra a olhar o rio que mais ou menos veloz avança para a foz. E quando penso que Lisboa é linda, alegre e sedutora, olho quem passa e acrescento - Lisboa é uma ervilha! 
A minha amiga de infância, a primeira de todas as que se seguiram está à minha frente, vinda sabe Deus de onde até que me diz. Tão surpreendida quanto eu. Que me trazia no pensamento, diz-me. Que parece que há coincidências. Eu não acredito nelas mas creio nas energias e nos pensamentos. 
Nesta Lisboa que eu amo de paixão, os encontros inesperados primam por ser felizes. 
Ganhei o dia quando sentadas na lage junto ao Tejo conversámos como sempre. Como se fôssemos meninas e estivéssemos na nossa cidade placenta. 
Não estamos, mas de repente, Lisboa ficou ainda mais linda.

m.c.s.

no comboio

...a pensar que o Ribatejo aos poucos vai ficando para trás. Os campos se não estão verdinhos ainda estão cobertos de água das chuvas. Os rebanhos pastam ao som do badalo. Os galos continuarão a cantar e encantar, de raros que são, as andorinhas começaram a labuta dos ninhos nos beirais e indiferentes ao vai e vem assim se deixarão estar; os melros emprestarão à lezíria a sua beleza e a quietude dos dias permanecerá. Perturbada por alguma chuva, muito vento e céu azul, tal qual os olhos da minha Pitanga. 
Quem me faz regressar fica também. No seu lugar de paz e de luta. Apenas eu altero o rumo da vida a cada domingo. E a cada sexta.
Os lugares são mais poderosos que nós. E permanecem, mesmo se a terra na sua rotação diária os transporta. Eu sigo caminho. Sozinha...

m.c.s.

o poeta

O poeta não se esconde, dissimula-se. 
Se acaso não souberes dele procura-o nos pensamentos das gentes. 
Certamente o encontrarás.

m.c.s.
foto - Pintura do pintor moçambicano João Timane.

quarta-feira, 14 de março de 2018

apenas isto...

Enquanto, na pérgola do miradouro, um artista brasileiro canta - quando a gente gosta, é claro que a gente cuida, fala que me ama, só que é da boca p' ra fora, ou você me engana ou não está madura, onde está você agora? eu, ali, no miradouro de Santa Luzia, atrevo-me a sentir palavra por palavra, enquanto cantarolo, também, a dita música antiga do maravilhoso Caetano Veloso, acompanhando o ritmo. Numa parceria inocente com o artista. 
Dali contemplo o mundo que o lugar me oferece. As nuvens brancas em constante movimento, os aviões que cruzam os céus. As outras margens. As terras, conhecidas de mim. As gaivotas adivinhando temporal. Os barcos no Tejo. 
Há um, que saiu há pouco da estação do Terreiro do Paço e outro que a ela regressa. Quantas histórias felizes e infelizes, viajarão nesses barcos, que rasgam as águas do rio, transportando os protagonistas...
Os turistas tiram fotos e falam alto, num entusiasmo de quem gosta do que lhes é dado viver. 
Entusiasmo-me também. Invade-me a emoção. Na consciência da conquista dos dias. Do dia. Feita de alegria pura, que me nasce da alma sequiosa de Lisboa e da sua dinâmica graciosa, bairrista e cativante. 
Vezes há que experimentar o céu, é isto. Apenas isto. Um passeio pela cidade e seus bairros típicos, de máquina na mão e curiosidade e paz no coração.
Ontem foi dia. De me atrever a ser feliz. Consegui. As saudades orientaram-me e apoiaram-me no caminho. E o desejo de ser livre e cuidar de mim, também.
É que ' quando a gente gosta é claro que a gente cuida...'

m.c.s.

bairro da Graça




fotos mcs

quinta-feira, 1 de março de 2018