A notícia duma greve geral chegou. Para 24 de Novembro.
E eu, palavra, palavrinha que pensei que a haver uma manifestação, pela primeira vez na minha vida, vou. De punho fechado, erguendo-o, reclamar.
Mostrar o meu desagrado. A minha ira.
Mas pensei na última manifestação que por acaso, aconteceu quando eu estava em Lisboa. E também por um acaso, alguém com quem me ia encontrar, iria fazer reportagem. E eu acompanhei a manifestação uns metros bons.
E o que vi não gostei.
Já não se fazem Manifestações como antigamente. Já não há grevistas como antigamente.
Lutando por ideais. Por uma vida melhor e mais justa para todos.
Hoje, e peço desculpa se houver quem é do antigamente e se move por intenções nobres, hoje faz-se greve para se ficar em casa. Faz-se greve e vai-se às manifestações para cumprir calendário e ser-se fiel ao partido.
Provavelmente, merecemos estar como estamos. Por mim falo. Nunca ergui o meu punho nem dei voz à minha indignação. E será que vale a pena? Perguntaram-me à pouco. Será?
Eu tenho o péssimo defeito de acreditar. Acho que ainda vale a pena mostrarmos que não somos invertebrados.
Não que não ache que tem que haver medidas rígidas de austeridade.
Mas, pelo amor da santa, que não sejam só e sempre os mesmos a serem chamados ao castigo.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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