Em t. novas existe um rio. O Almonda. Que passa dentro da cidade. Durante anos foi altamente poluído. Hoje existem carpas que parecem baleias de tão gordas, que a população infantil e reformada, netos e avós portanto, não se cansam de as empantorrar com miolo de pão. É vê-los por essas pontes fora dando pão às carpas, como quem dá milho aos pombos, todos regalados como se estivessem a fazer uma boa acção.
E também existem patos. Tão lindos e engraçadinhos, dando ao rabinho e nadando por esse rio abaixo. E tal a confiança que ganharam, que mais parecem a Pitanga cá em casa, que é dona do pedaço. Ali também é tudo deles. Vêm para as margens do rio e pé ante pé, quer dizer, patati patatá, é vê-los na calçada da avenida e até atravessando esta, quem sabe rumando a um destino melhor, ou pior, pois dizem que há para aí umas criaturas que não são torrejanas que lhes torcem o pescoço e os metem no tacho, e lhes chamam um figo, ou vodka...
No Nogueiral, que é uma parte da cidade muito antiga, junto à ponte construiram umas escadas para melhor acesso. Antigamente havia lavadeiras lavando a roupa ali ( ainda me lembro disso ), na água fria do rio.
Ontem, enquanto tirava umas fotografias, a minha amiga Manuela viu-se a braços com estes dois patos que a iam tirando do sério pois caminhavam lenta e despreocupadamente à frente do seu veículo. Businou, esbracejou e os benditos patinhos não se arredaram para a deixar passar.
E assim num de repente só a ouvi dizer: Maria Clara, enxote os patos.
Estão a ver-me né? Guardadora de patos em terras do Almonda e de Gil Paes...
Mas era só o que me faltava!
Fiz foi uma bela foto aos dois patos atrevidos que me fizeram rir a bom rir. E a amiga manuela passou quando eles decidiram curvar à esquerda, para a margem do rio que por acaso é empedrada com calçada portuguesa.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
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