terça-feira, 30 de outubro de 2018

sábado, 27 de outubro de 2018

há dias assim - mágicos


Acordei com um suspiro nos lábios, abraços nas mãos, um nó na garganta e olhos marejados...
Acordei Viva. Mais viva que nunca. Emotiva. Saudosa...
Saudades do meu filho, bailarino, actor, coreógrafo, meu caçula. Amor da minha vida. Lá longe...
Acordei com música nos ouvidos.' Amor Mio ', a acentuar as minhas saudades. E o olhar posto no acorde da guitarra cigana, trinando dentro do meu ser a fatalidade de não te esquecer, amor que não chegaste a ser...
Acordei a pensar na amiga que me deixou há pouco para atravessar o mar e rasgar os ares. A sentir-lhe a falta - Vamos? diria ela mais do que perguntaria, hoje, se aqui estivesse. E eu, ia. Porque me dá voz à alma e chão ao meu corpo, muitas vezes frágil. Porque gosto dela o que uma amiga sabe gostar. 
Acordei a receber mensagem lembrando evento de logo mais à noite. Inacreditável o tempo que se faz presente e possível em mim. E permite que o inimaginável aconteça. E me provoque ansiedade e um desejo e prazer profundos de me localizar lá atrás, noutra terra, noutra idade - outros sentires, outras pessoas, outros amores e perceber-me estranhamente lúcida. 
Ainda...
Acordei com o coração no lugar certo. A bater tranquilamente nesta morfologia inquietantemente mortal. A passar em revista a minha longa e intensa vida. Acordei Viva e Presente. Emotiva. Saudosa. Disponível para um casamento feliz com o dia.
Acordei deste jeito e assim quero continuar.

m.c.s. dia 25 de Out.2018

música do ' meu tempo ' - Tempo meu




fotos mcs

Naquele tempo, o das acácias, buganvílias e eu, tudo era cor de rosa; e o arco íris abrilhantava os sombrios dias da menina que eu era - romântica e sonhadora, a viver anos áureos da existência. 
A escola, os encontros de amigas, o coração a bater mais forte, o romance a instalar-se perturbador e exaltante e a música a ajudar - eram tardes longas, crepúsculos de cortar a respiração. Descoberta. Poema e oração - para o meu ser inquieto e jovem. 
Quando me perguntaram se queria ir assistir a um concerto dele, um dos que era ' do meu tempo ' ( sendo que considero este de hoje o meu verdadeiro tempo ) e me entrara vida dentro, passe a redundância, desde a manhã até ao deitar, voz e melodia, naquele tal tempo, o das acácias, buganvílias e eu, a primeira reacção foi de rejeição. Para quê? Para quê mexer num passado longínquo, numa terra amada mas deixada, na memória adormecida, no coração sofrido? 
Mas o ser humano é masoquista e passada a surpresa e a minha questão, disse sim. Faltavam uns meses. Tinha tempo para quase tudo. Até para vender o bilhete se acaso me arrependesse. 
A alma é exigente. E se tem que dar corpo à alegria e à felicidade, precisa de transparência e audácia. Coragem. E liberdade. De ser mais que matéria. E por tudo isso eu fui. Ver e ouvir a minha memória afectiva . E porque a música nos transporta a momentos vividos, afectos sentidos, lugares e gentes, ontem não fui apenas ver um cantor da minha adolescência. Estive cá e lá. Nas Portas de Santo Antão - Coliseu dos Recreios e regressei a Luanda antiga, ao meu bairro, meu liceu, minha rua, meu quarto. Minha jovem e feliz vida.
Salvatore Adamo é o que representa para mim. O passado embrulhado no presente. Um presente do passado.

m.c.s.
P.S. Estamos muito antigos. Pude verificar isso. Os fãs deste fantástico cantor são da década de 50, 60. Poucos da de 70. 
O Coliseu cheio desses kotas assim mo disse.



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

terça-feira, 23 de outubro de 2018

sábado, 20 de outubro de 2018

O amor existe ou é uma invenção?

' Não se manda no coração ' - ouvimos aos mais experientes, desde que iniciamos a adolescência. E acreditamos. E vendemos a afirmação pelo preço justo. Banalizando até aos saldos. Ano após ano. Até que um dia a vida nos diz que são tudo tretas que nos impingiram, a fim de vivermos amores e desamores resignadamente. E a gente acredita porque tal como são Tomé - foi ' ver para crer' ; e a gente viu. E percebe que os sentimentos também se desconstroem, anestesiam ou decepam - esquecem. Para que a sobrevivência vença. Neste jogo sem caras nem coroas.
E há um dia que o coração reclama. Há muito que não ama. 
Construir o que já se desfez na mente sensata e lúcida, que se divorciou do coração lamechas e romântico, é dizer que se manda nos sentimentos. É dar-lhe a responsabilidade de escolher, como faz a mente, o melhor. 
O pior é que no mais das vezes a mente está cansada e o coração de costas voltadas. 
Afinal, em que ficamos? Manda-se ou não se manda no coração? 
O meu diz-me que não acredite em balelas. Será o amor mais uma?

m.c.s.
foto do google

alcácer do sal




fotos mcs

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

no Alentejo




fotos mcs

Há duas décadas que a ponte de Rio Mourinho estava submersa pelas águas, ponte essa que servia de passagem entre as localidades de Santa Susana e São Cristóvão. O ano passado devido ao longo período de seca foi possível ver a ponte e passar a pé por cima dela. Este ano voltei lá. Não há seca e as águas cobrem os campos e a ponte romana. E as aves de várias espécies aparecem nas margens do rio.

m.c.s.

a lezíria - Ribatejo




fotos mcs