sexta-feira, 29 de outubro de 2010

boinas, bonés, barretes e carapuças


Não resisti. A chuva pôe ao de cimo a minha veia gastadora.
Alcanena nada tem. Quase nada tem. Mas tem um Pára-Raios em frente de mim, que é só atravessar a rua, e vende de tudo um pouco do que é surpéfluo. Malas, carteiras, cachecóis, brincos, pulseiras, anéis. E chapéus. Boinas, bonés.
E recebeu a nova colecção. E eu precisava de comprar um mimo a uma menina e bati com os olhos nas boinas e bonés. Pûs-me a jeito, como sempre, de os apanhar, enfiar a carapuça ou apanhar barretes. Seria muito prevista se não o fizesse e o mundo não teria a menor graça.
Depois, tenho cabeça para o enfeite. Não sei, mas gosto de um barrete bem enfiado. Sem eles a minha vida não era a mesma coisa.
E de modos que hoje resolvi oferecer-me o primeiro presente do Outono. E já que está a chover, a fazer vento e frio que o alerta aí está a dizer-nos que isto não se pôe melhor e aqui de el rei que o fim de semana está estragado, ( está está, queriam! ), quase fiz como os putos e praticamente saí da loja com o dito enfiado orelhas abaixo. É para usar, é para usar.
E depois já sabemos que chapéus há muitos, mas antes que se fizesse tarde e o mau tempo passasse, sim porque podia dar-se o caso do sol se atrever a aparecer, estreei-o vaidosa.

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