sexta-feira, 13 de agosto de 2010

para ti, eterno sonhador


Neste mundo de perdidos e achados, encontrar o caminho de casa é um totobola.
Há quem vaguei por entre vielas e esquinas, montes e serras e oceanos à procura da estrada certa para chegar.
Chegar à Gouveia, não é um simples poisar de malas.
Chegar à Gouveia, é trazer anos de suor e lágrimas, na bagagem.
Pode ser derrota. Humilhação, perda. Ou cordão umbilical.
Chegar e abrir a porta para que outros possam entrar é coisa de sobrevivente e sonhador de paragens gigantescas, sonhadas por essas pedras fora, na solidão das almas que sonham asas para voar, num mundo de metro quadrado...
Chegar à Gouveia pode ser passagem e pode dar passagem à descoberta de mundos. Acanhados. Grandes. Depende do Sonhador, depende do Criador.
Chegar à Gouveia é ler a história e o destino. Escrita na alma das calçadas, das ladeiras, dos cabeços e das curriças. Do xisto de cada casa. E dos currais. Das fontes e dos quintais. Do sino da velha igreja e do largo do Cruzeiro, encontro de gerações.
Nos olhos dos que não partiram. Nas palavras encontradas nos abraços repetidos. Nos sorrisos.
Nas lágrimas de emoção...
Chegar à Gouveia é alegria e reencontro. É voz paternal e afago da alma.
Chegar pode ter sabor a casa. A lar...

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