segunda-feira, 30 de agosto de 2010

voluntária à força

Estou de castigo no meu lar, doce lar.
Prisioneira voluntariamente. Um pouco à força.
E quem foi que me fez essa maldade? Os senhores da MEO.
O calor está infernal. Não há ar condicionado, só ventoinhas que aponto à minha cabeça como arma de defesa e às costas e resto do corpo. Se me fará mal? Certamente. Mas como é possível estar no último andar de um prédio ( onde o calor é sempre maior tal como o frio no inverno ) com janelas fechadas ?( por causa da Pitanga; é nestas horas que quase me arrependo de ser a " mãe " desta gatinha meio avariada dos pirolitos ). Logo se verá se ainda por cima vou ser castigada na saúde...
É que a avaria da caixa que tem um nome que eu não me lembro estava por resolver até hoje. Depois de chegar de Lisboa encontrei tudo na mesma como a lesma. Desesperei. Uma vez mais, sem televisão nem internet. Prometi fazer uma escandaleira e adormeci nas minhas promessas, mais cedo que desejaria. Como quando antigamente faltava a luz, lembram-se? Nada para fazer e a solução era dormir. Pois, foi o que fiz, ontem, mas decidi naquele momento que nem mais um militar para a Guiné, a partir dali.
Hoje decidi que só a escandaleira, não bastava, e resolvi tirar a minha avaria a limpo. Falei com os funcionários, praguejei, anunciei que a minha net móvel era da optimus por culpa deles que falharam 3 vezes na vinda a minha casa entregarem-me o material necessário ( de vingança mesmo ) e que ia solicitar uma indemnização por pagar um serviço do qual não tenho usufruído.
Apenas ouvia a voz metálica do funcionário que começara por dizer - em que lhe posso ser útil? e empacava no D. Maria Costa, D. Maria Costa, o que me enfurece ainda mais, porque odeio que me tratem por d. maria...costa, e o homem parecia advinhá-lo e como um disco riscado, repetia um nome com o qual não me identifico. Destilei todo o veneno antigo, de três semanas e posto isso fui ouvindo mais calmamente o que tinha para me dizer. E não sei se alguma vez vos aconteceu, a mim aconteceu ver-me de repente a fazer ligações, desligar botões, meter um palito num orifício e pressionar para que as luzes da caixa se apagassem e ele do outro lado dizendo faça assim, d. maria costa, faça assado, d. maria costa com uma firmeza delicada e educada que me desarmou e o meu tom de voz perguntadeira passou a ter o seu tom de voz.
Tinha a tal caixa desconfigurada. Ele tratou disso e eu ajudei.
Agora estou à espera que me telefone. Ah pois. Não é para sairmos, não. Eu estou em casa e já agora, cá ficarei. É mais para lhe dizer se a televisão e a net se desligaram nestas horas. Se não se desligaram, e não, está a avaria resolvida e não chegou sequer a avaria, se se desligaram, têm de vir substitui-la, o que não me parece provável, dado que isto está a correr sobre rodas.
Numa noite de calor imenso depois de um dia com 42 graus era só o que me faltava que continuasse com a avaria. Não há quem aguente amanhã, uma noite caseira com uma equipa do MEO a devassar-me a minha intimidade. Se assim for, ah, vou pedir uma indemnização por perdas e danos, ai vou, vou...

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