Isto pode parecer sádico mas não é. Parte-se-me o coração, no momento em que faço a Pitanga entrar na caixa que a transporta de uns sítios para outros. Mas não há outro jeito. Se não quero que fique sozinha, tenho de a levar comigo e esta é a forma. Ela não gosta nada. Pudera. Quem gosta de ficar encarcerada? E o pior é que fica tão assustada que faz xixi. E depois é como que uma bola de neve. Os gatos não são nada porcos. E ela chora sempre depois de deixar a sua caixa molhada e mal cheirosa e não quer lá ficar.
Hoje ao almoço, falando sobre comer coelho e outros animais como aves pequeninas, que eu não como porque imagino os pobres dos bichos e não consigo, alguém falou sobre comer gato.
Ainda estou com o estômago embrulhado.
Dei comigo a dizer algo que saiu sem que pensasse, mas que fez eco em mim e que me fez pensar depois.
" Se alguém tentasse levar-me a Pitanga, para comer, eu matava"
E depois disto pensei que só digo isto em relação aos meus filhos. Sempre o disse e não me importo que quem ouve fique escandalizado. Pelas minhas crias sei que seria capaz de matar. Pela Pitanga, soube hoje, perante uma possibilidade de acabarem com a sua vida. Isto faz-me pensar que o amor que eu tenho pela minha Pitanguinha está num patamar muito alto.
Conhecendo-me, não estranho, mas não sei se me assuste se não volte a pensar nisso.
Sobre a nossa viagem, fez-se. E ela já anda feliz pela casa, no Olival.
sábado, 4 de setembro de 2010
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