Dia 10 de Setembro
Há quem acredite em karma. Na força do destino. Não sei se acredite, mas que não é normal um dia reunir acontecimentos tão marcantes, não. Quem pode explicar isto? Desconfio que ninguém.
Desde os cinco anos, representou começar as aulas.
Há 43 anos representou nascimento. Do meu querido primo Paulo Alexandre. Que eu amo de paixão.
Em 2007, 10 de Setembro foi muito traumático. Representou traição, abandono, dor. Fim.
Em 2008, 10 de Setembro foi o dia mais frágil e emocionante do ano. Representou reencontro com as minhas origens, as minhas raízes. Foi o dia que fui ao cemitério da Estrada de Catete, em Luanda encontrar a campa onde está sepultada a minha avó Rosalina das Dores Pais, mãe da minha mãe. Não entrava ali há mais de 33 anos. Foi o dia em que cheguei mais perto de Deus, nesses 33 anos, a par com o dia em que cheguei a Luanda, nesse ano.
Em 2009, 10 de Setembro foi um marco. Um ponto de partida. O início de um período muito grato e de um estado de alma que me foi mudando o ser e a vida. Foi muito importante. E que não consegui sozinha. A internet foi o meio para o que acabei de dizer. (Vou ficar-te sempre grata P.L.)
O que me reserva o futuro? Não sei nem quero nada saber. Só quero que o dia 10 de Setembro seja um dia normal, como normal sou e estou. E que se quebrem os feitiços. Ou o karma, que atrasa sempre as nossas vidas, quando não as pára.
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