De espera em espera, de sonho em sonho, vou sentando aqui e ali, onde houver um assento que me receba num " dá-me um abraço "como canta a canção. Instalando-me comodamente.
Queria dizer que dou esse kandandu sempre. Mas é mentira.
Há a livre escolha. O calor mais forte e doce. Ou um estar para ali virada. Ou não.
O aconchego que nem sempre chega, para me embalar nos abraços de ninar, me desmotiva, nesse exercício indisciplinado de ver por entre as nuvens de flocos de neve e voar por entre as asas de cera derretida.
Queria dizer que sonho sempre. Mas não seria verdade.
Há dias e dias. Bancos e bancos. Inspirações e agitações.
Há sons. Cheiros. Palavras e premonições.
Créditos.Há rostos.
Há espaços sagrados que dou de barato.
Há a vontade de sonhar. Mas nem sempre a vontade vence os domingos.
Me motiva, sem motivo.
Hoje é domingo. O sonho espera por mim. O banco também. Num braço dado, de vontades iguais.
E eu? Que quero? Que espero? Que dou? Que recebo?
Ainda se me dissesses que me fazes companhia, neste bonito banco de jardim do eden...e me trouxesses eternos sábados dum calendário mandado suspender...
É domingo e nada se alterou. Isso diz tudo, no silêncio que ecoas calado dentro de mim.
domingo, 26 de setembro de 2010
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