" Olha, parece que és mesmo importante aqui na terra, estão a pintar os prédios aqui da rua, inclusive o meu, deve ser por tua causa..."
Falar com Luanda logo pela manhã é iniciar o dia " ouvindo " o pregão das quitandeiras, os galos cantando; " sentir " o aroma das acácias floridas, da mandioca a assar, e olhar da janela a cor da cidade, do mar e do céu que a gente toca com a ponta dos dedos, cada manhã que permanece.
É antever os pincéis garrindo as casas da avenida e escutar o assobio dos homens que vão-se equilibrando nos andaimes da cidade em obras, num semba estudado e dançado no fim de semana no subúrbio para sul.
É ouvir a voz sotacada dos candengues, a caminho da escola.
É percorrer cada beco, cada esquina e cada bairro de chinelo no pé.
De sorriso na mente. E amor no coração.
É voltar para casa, de cara lavada...
Em cada prédio que vou olhar, em cada toque de artista eu vou perceber que a minha terra não pára de crescer.
E de se pôr bonita para eu a ver...
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
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