terça-feira, 31 de maio de 2011
mais uma vez parabéns, Rafael

Parabéns bebé!!!! Tenho tantas saudades tuas...Quando te voltar a ver já nem te conheço. Estás aqui estás a ir para a...tropa, não? Ah!!! Agora já não se vai para a tropa. Mas vais para a primária aprender o b-a-bá. Enquanto vais e não vais, muitos parabéns, muitas velinhas sopradas, muito bolinho de aniversário para comeres e muitos apitos para apitares. Ias deixando-me surda, ao telefone Rafael. Eu que ao ouvir a mãe dizer: Vem falar com a tia clara, pensei que perguntarias: quem é essa? Afinal, fui brindada como sempre com um olá e uma apitadela no apito novo...Bebé, estou à espera do teu abraço bom e doce, e enquanto não chega até mim, dou-te muitos e muitos beijinhos. Estás quase um homem nos teus quatro aninhos. Vivas tu, assim desse jeito feliz, sempre.
a mezinhas...

segunda-feira, 30 de maio de 2011
salud senõra

Ufa, que alívio!!!

partir

O cacimbo e o verão
Parte a louça, o bolo, a conta
Parte o coração
O pai, a mãe, o amigo
Parte o pão
A cabeça, o chão
Parte a solidão
E o poeta
O cantor leva a canção
Parte a montra
A feira, a brincadeira
O mau tempo
O comboio
A andorinha
Parte a saudade no avião
Parto eu e tu
Parte a dor
E a paixão
Parte o amor
Sem condição...
m.c.s.
PINA - Bande annonce - de Wim Wenders pour Pina Bausch - 3D
Vão ver " Pina " este filme maravilhoso sobre o trabalho, a obra de Pina Baush. Não percam. A dança contemporânea no seu mais puro, belo, inteligente e emocional estádio. Gostei tanto de assistir em 3 dimensões a esta arte que me diz tanto que teria ficado o resto da tarde ali, simplesmente gozando a emoção de ver o belo na sua forma mais exposta e sentida.
sessão da tarde

o cheiro da partida
domingo, 29 de maio de 2011
As saudades da pitanga
O AREIAS
Ofereço-vos a minha descoberta. Fantástico este coro composto de alunos. Genial...simplesmente fantástico!
Um bom domingo para todos.
Um bom domingo para todos.
É tarde
foto tukayana.blogspot
É tarde
Brevemente será noite...
E tu não estás
Não és, não dás
O gesto, a voz, a intenção
Caminho só, por entre as sombras que deixaste
Por entre o eco dos sons que não levaste
Nesta solidão que me criei
Porque é tarde e tu não estás
Se voltares...Quando voltares...
Não digas nada
Traz-me a última madrugada
E aquela lua cheia
Que me roubaste
O poema que te escrevi
Traz-me a noite derradeira
Aquela noite primeira
Em que para ti sorri
Devolve-me o meu amor
O abraço e o olhar
Beijos de mel, o nosso mar
A minha dor
E o tempo
Aquele que te não vivi
Que te dei e me perdi
Se voltares...Quando voltares
Estarei à tua espera
Só para de volta ter
A minha alma roubada
Depois...partirei eu
Sem dizer nada
Sem te querer ver
É tarde, muito tarde
P´ra me perder.
m.c.s.
Brevemente será noite...
E tu não estás
Não és, não dás
O gesto, a voz, a intenção
Caminho só, por entre as sombras que deixaste
Por entre o eco dos sons que não levaste
Nesta solidão que me criei
Porque é tarde e tu não estás
Se voltares...Quando voltares...
Não digas nada
Traz-me a última madrugada
E aquela lua cheia
Que me roubaste
O poema que te escrevi
Traz-me a noite derradeira
Aquela noite primeira
Em que para ti sorri
Devolve-me o meu amor
O abraço e o olhar
Beijos de mel, o nosso mar
A minha dor
E o tempo
Aquele que te não vivi
Que te dei e me perdi
Se voltares...Quando voltares
Estarei à tua espera
Só para de volta ter
A minha alma roubada
Depois...partirei eu
Sem dizer nada
Sem te querer ver
É tarde, muito tarde
P´ra me perder.
m.c.s.
sábado, 28 de maio de 2011
amanhecer
foto tukayana.blogspot
Amanheceu no Olival Basto. Não dei pelas horas. Conversando, comendo chocolate e ouvindo música ao mesmo tempo que escrevia, as horas passaram. Há algum tempo que não participava num amanhecer. Fi-lo no primeiro dia de Janeiro, em Luanda. Aqui, hoje, os pássaros chilreando numa sinfonia de encantar, despertaram-me para um momento tão bonito como o nascimento de um dia especial. Sábado. Já se vêm as cores da natureza como as aprendemos. O céu azul esbranquiçado, o monte verde e as casas brancas, umas, e outras conforme as quiseram pintar. Eu vou olhar para dentro umas horas. Não muitas. As que são suficientes.
Bom dia, pessoas. Um bom sábado.
proposta
foto tukayana.blogspot
Ainda não vos contei...tenho-me esquecido, mas não fiz por mal. Recebi uma proposta. Não. Não foi uma proposta daquelas...dessas não se podem falar aqui porque envolvem terceiros que podem não gostar de exposição. Pois. Mas não foi dessas. Já assim, é o que é. Há até quem ache que eu estou apaixonada. Diz que versejo muito. Poemas de amor. E sonho que me desunho. E textos tratando por tu um não sei quem. Diz que não é normal expôr tanto os meus sentimentos. Tem endereço, é o que palpitam num pondo-se a advinhar que me diverte. Até me disseram assim: Com a verdade me enganas, e também, me engana que eu gosto...Ena pá! Xinamene! Uauêeeeeee! Pópilas! Vou dizer o quê? Os cães, salvo seja, ladram e a caravana passa. Não é que estar apaixonado seja proibido. Eu sei que é para lá de bom. Não estou a falar das minhas paixões, mas da paixão por uma criatura qualquer; pela voz, pela palavra, pelo toque, pelo jeito, pelo olhar, pelas mãos, pelos sapatos que calça, pelo sentido de humor, pela inteligência, pela educação, pela sensibilidade. É dessas paixões assim que fazem tremer, dá insónia, falta de apetite, ansiedade, taquicardia, pasmadice, dá para voar, cantar, bailar, rir e chorar, e se não parar não aguentamos, porque isto dá cabo de qualquer um em pouco tempo. Estão a ver-me assim? Não né? Afinal, a proposta que recebi pode ter a ver com uma paixão grande p'ra xuxu, mas apenas é de emprego. A sério. Queriam que eu fosse chefe de loja, gerente, pide, ou sei lá o quê de funcionários de uma loja de confecção. Que está para abrir. Agora, advinhem só aonde? Querem pistas? Chegam lá rapidamente se vos disser que se estivesse reformada nem pensava duas vezes. Não olharia para trás nem um segundo que aquilo ali é o meu mundo. Então? Fácil não é? Bingo! Para Luanda. Claro que não passou disto mesmo. Não estou reformada ainda. Fiquei contente com a hipótese de voltar a trabalhar na minha terra e acabar ali os dias. Alguém me questionou sobre as saudades que teria do que deixasse para trás. Enfim. Foi uma proposta que valeu o que valeu. Serviu para meditar. E ficar-me por aqui mesmo enquanto é e não é. Depois logo se verá...
tudo por cinco cêntimos
- Boa noite. - Boa noite, respondi. Já tinha estranhado que não viesse cobrar-me o bilhete. - Oriente - disse. - Onde entrou? perguntou ele. Nos Riachos, respondi. - Sete euros e cinco cêntimos. Disse-me. Estendi a nota de 10 euros. - Tem cinco cêntimos? - Não sei. Vou ver. E procurei o meu porta-moedas preto que comprei em Genéve quando lá estive, há uns anos. É nesse porta-moedas que guardo as moedas para os trocos, bilhetes de autocarro, elétrico, carrinho no supermercado, chá, descafeinado e outros. - Se não encontrar não faz mal.- Mas tenho de encontrar. - Eu sei como são as malas das senhoras. Jesus, Maria, canário... Apeteceu-me dizer, menos senhor cobrador, menos. Pica de uma figa; perdoar-me 5 cêntimos porque lhe dá jeito aos trocos é uma coisa, ser sarcástico, outra. E abusador, outra ainda. Quem é que lhe deu confiança para tal? Que sabe ele das malas das senhoras? Sim, que sabe ele da minha mala? Tudo o que ele souber é pouco para descrever a minha casa móvel. Vai um lenço de papel? E uma toalhita? Um leque? Um penso íntimo? Ou um penso rápido? Um MP4, uma carregador de telemóvel, o próprio, uma máquina fotográfica? Um caderno, duas canetas, vários batons, vernizes, uma pinça, um corta-unhas, um espelho, uma escova de cabelo, uma de dentes, amostras de perfume, comprimidos, mentos, anéis, pulseiras, pen de net móvel, cartões de máquina fotográfica, pacotes de açúcar e cartas. Várias cartas de serviços. Talões de multibanco, de lojas. Fotografias...isto é do que me lembro. Porque pode ser muito mais. Pois senhor revisor, ainda acha que sabe como são as malas das senhoras? Bem sei que a minha é como o toyota, cuja fama vem de longe. Eu própria acho um exagero e de vez em quando subtraio alguns objectos, mas vou fazer como então, se chego à conclusão de que tudo me faz falta? Gosto de trazer a casa às costas, que nem um caracol e não me arrependo nada. O senhor revisor saiu de junto de mim para continuar o seu trabalho sem a promessa de que voltaria para receber os 5 cêntimos mas eu não parei de procurar e encontrei uma moeda de 10 cêntimos. Quase em Vila Franca, o homem voltou. Estendi-lhe a moeda. - Isso é para quê? perguntou com um tonzinho a dar para o irónico. - Devo-lhe cinco cêntimos. - Está bem, pronto. Ficam as contas liquidadas. Sorriu e conforme chegou assim desapareceu. Às vezes há aitudes que me conseguem surpreender. Para bem. E ainda bem, que assim é.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
lágrima
Transparente
Quente
Salgada
Suspensa na pálpebra,
A baloiçar
A segurar...
Pestanas compridas
Que choram segredos
Abrigam os medos
Molham-me o rosto
Derretem a cera
Máscara
Careta
Sempre a brilhar
Sempre a bailar
Só esta gota
Teimosa
Vaidosa
Reclama a pose
Anseia chorar
Se eu permitir
Se nada disser
Continua a fingir
Ser só a enfeitar.
m.c.s.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
à mercê da tesoura
hoje amanheci assim

quarta-feira, 25 de maio de 2011
Please
Alguém me sabe dizer o que é que faço para que os textos e os poemas sejam publicados com os espaços normais? Os meus textos de há um tempo a esta parte aparecem sem parágrafos. Eu sou uma mulher de parágrafos. E porque é que aparecem assim? Porque se os fizer, fico com um espaço de linha superior ao normal. E quanto aos poemas, de um verso para outro há um parágrafo medonho, que até se perde a vontade de ler. Eu, é. Esteticamente é horrível. Às vezes, o caso de ontem, consegui o feito de os publicar direitinhos, sem crise. Mas foi um acontecimento que não sei repetir. Ajudem-me por favor, pessoas que percebem o que me está a acontecer. Vão ficar no meu coração para sempre. ;*)
A cor do Amor
Desenho-te as formas
Sombreio-te o rosto
Evidencio-te a voz
Amacio-te as mãos
Enterneço-te o olhar
Espevito-te a paixão
Toco-te os olhos
O cabelo
A boca
Entrego-te um beijo
Carmim
Preso em mim
Desde que te adivinho.
Pinto-te a cores
Mil cores
Só p'ra te ver
Da cor do amor.
m.c.s
terça-feira, 24 de maio de 2011
beijos no coração ou um coração de beijos

Me disseram para te retratar. Imagem de ti como espelho. Papel brilhante e máquina de objectiva." Estão a brincar? " eu disse, sorrindo, sorriso meio amarelo, tipo papel de fotógrafo quando quer fingir que a foto é antiga. Eu? Olha só! Como é que pode? Vou-te descobrir no meio do pó das memórias que invento cada dia? Mentira! Não me entrego assim. Não te entrego assim, por dá cá aquele espanador. Por isso, não aceitei. Não ousei te descrever na minha memória futura. Não me vendo desse jeito, que fico de mãos a abanar de ti, de mim e deles. Mas, também...te sei o quê? Fazer como para ser exacta qual me ensinaram? Verdadeira, no somatório dos pormenores que o evidentemente deixa vislumbrar até ti. Não. Fico no meu canto, fingindo que não me disseram nada, e tal e coisa e comê que é, afinal? Te entrega só... Contigo não. Não quero me enganar. Prefiro não dizer nada. Tu és mesmo feito de nadas. Vou fazer como então, para entregar a tua ficha? Não te fichei. E depois, querem saber mais o quê? Vão fazer de quê com a minha informação? se é que algum dia, nos tempos que correm, parece gazela assustada, eu vou-te descrever por dentro e por fora. Achei melhor dizer que não te conheço. É mesmo verdade. Conhecer é isso que eu sinto, vejo e adivinho? É pouco para o bilhete de identidade. Por isso não vale a pena. Teimosa, bati o pé, tantas, mas tantas vezes que fiquei com ele a doer, como quando me doi o coração se te finges de morto, de morte matada na minha esperança de te conhecer melhor e poder dizer: Eu lhe conheço bem mas até que não há nada para contar. Vou-te proteger mesmo do princípio ao fim. Vais ver só. Não. Não disse nada. Ainda. E não vou dizer nada mesmo que me ameaçem com o quimbanda do morro. Perguntem p'ra ele. Não. Não tenho nada p'ra lhes narrar. Tu és o meu segredo. Eu que não gosto de segredos, mas, tu és especial. Nunca que te vou pôr nas línguas dos linguarudos. Tu és a minha inspiração. E isso te retrata. A prosa terminou e eu te deixo beijos no coração. Ou um coração de beijos...
ponto pé de flor

A velha calçada
A lilás bordada
Alegria
Ponto pé de flor
Jacarandá
Tapeçaria
Vento soprado de sul
Calor
Dourado
Cor de verão
Sol bronzeado.
A sina na palma da mão
Ergo os olhos numa prece
Devolve-me o tempo de outrora
Paz que o dia me dava
Regresse a mim o prazer
De esperar na avenida
Tapete multicor
Perfumado
Devolve o meu amor
O meu amado
Jacarandá
Jacarandá
Ponto pé de flor...
m.c.s
encruzilhada
segunda-feira, 23 de maio de 2011
One Day Like This - Elbow
Ofereço-vos este linda melodia neste fim de tarde quente de segunda-feira. Façam favor de entrarem na noite com tranquilidade.
domingo, 22 de maio de 2011
ter chão
xéeeeeee, vamos s'embora
jardinzando por lisboa
Devem achar que eu estou a ir para velha e por isso já só me vejo sentada nos bancos de parques e jardins, contemplando os patinhos do lago e dando-lhes pedaços de pão, de quando em quando, antecipando os crepúsculos da vida, nas tardes do calendário. Ou dando milho aos pombos, como na imagem do livro do passado, da saudosa segunda classe, do colégio...é mais isso, sim. Manter a vivacidade de ontem na lucidez de hoje, para uma tranquidade e sabedoria maiores, amanhã. Não conhecia este jardim por dentro e fazia mal. É perfeito para uma tarde quente de sábado. E depois de uma sushizada. Fica em caminho, a bem dizer, entre o sushi e a sobremesa, ali mais para o Chiado, para o Santini, passando pela avenida, pela esplanada nova, ( uma das ), para uma água das pedras. Um conselho para as senhoras que façam este percurso, não o façam de saltos, pois que malham e vão acabar estateladas na calçada velha, polida e íngreme dos caminhos apertados em que se vão meter, se fizerem o percurso do alto das " andas " em que por vezes andam, e eu também. É um conselhozinho que dou e não levo nada por isso. A mim o que me valeu desta vez, foi a ajuda sempre pronta da caçula e da cria, mas que parecia uma tantan, lá isso parecia, pelas ruas, becos e esquinas desta Lisboa em dia de calor, sol e prazer. Como diz uma amiga minha, ovelhas não são para mato. Mas com uns ténis, sabrinas ou umas sandalitas rasteiras, podem percorrer estes caminhos de portugal que os turistas fazem cantando e rindo, alegremente, tal qual eles. O que é preciso é cair no espírito da coisa. Até porque têm esplanadas dentro da jardim, bancos, relva, e uma feira de antiguidades, para o que der e vier. E têm bem de frente, a Basílica da Estrela para conhecerem, os velhos eléctricos e autocarros para se deslocarem e as ruas da calçada para o passeio pedestre, podendo apreciar e fotografar os jacarandás lindíssimos que existem nos caminhos, até à avenida da Liberdade, ali mais para o lado do Rato. Esta foi a minha praia, ontem, e não me fez falta mais nenhuma. Lisboa, caçula e cria, é como estar com Deus, e quando estou com deus não tenho carências.
O Sonho
foto tukayana.blogspot
Sonho-te terra, Sonho-te mar
Melodia no seu marulhar
Fantasia, Sol e luar
De quem tudo tem
Na alegria de ser mãe
Mulher pensante, Poeta errante
Anónima , amante
No sonho verdade
No sonho ilusão
Canto-te canção
Sonho-te amizade
Sonho-me
África, deserto, planalto
Gazela no mato
Sonho-te criança, velho, sem idade
Na força do pensamento , de sonhar
Quebro conceitos, protocolos, barreiras
Ergo a bandeira
Lenço da paz, branca, de côr
E neste desejo de sempre sonhar
Passo a fronteira
Que se abre ao Amor.
m.c.s.
sábado, 21 de maio de 2011
de espera em espera
foto tukayana.blogspot
Caminho. Lentamente apressada. Ao encontro do sábado.
A cada semana, eu espero.
Sonho. Invento. Crio.
E se não receber a dádiva de viver em plenitude o descanso e o prazer de horas que tanto anseio, não me zango, entristeço ou desanimo.
Os sábados que a vida tem, hão-de dar-me algum presente.
Mais que o resto da semana.
Enquanto o vento soprado, no rosto me parece falar, segredos de além mar, bailas-me o pensamento, num momento, num segundo, a sul, nesse sul que é o meu mundo. Meu caminho a encontrar nos fins de semana da estrada que percorro a cada vez, que posso nela caminhar.
Lentamente apressada, encontro o tempo que quero.
Na esperança que este dia me dá.
A cada semana, eu espero.
Sonho. Invento. Crio.
E se não receber a dádiva de viver em plenitude o descanso e o prazer de horas que tanto anseio, não me zango, entristeço ou desanimo.
Os sábados que a vida tem, hão-de dar-me algum presente.
Mais que o resto da semana.
Enquanto o vento soprado, no rosto me parece falar, segredos de além mar, bailas-me o pensamento, num momento, num segundo, a sul, nesse sul que é o meu mundo. Meu caminho a encontrar nos fins de semana da estrada que percorro a cada vez, que posso nela caminhar.
Lentamente apressada, encontro o tempo que quero.
Na esperança que este dia me dá.
esta semana, em trás-os-montes
a cerejeira da tia fernanda
contra factos...
Mas já é um pouco demais, eu vir ao Porto, ao estádio do Dragão, não vos parece? Há coisas na vida que a gente faz, como cão a roer ferro...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
mais um

Levantei-me para fazer um pipi e lavar as mãos. Tinha uma viagem de mais de três horas para fazer, nas Ás todas que o norte tem. A24, A25, A1, A23...Não conhecia a casa de banho do restaurante paronâmico a caminho de Murça, antes das curvas começarem, que nos oferece uma paisagem deslumbrante. Abri a porta e encontrei escuridão e duas paredes. Procurei o interruptor por apalpação. E zás! Quem disse que não se pensa? E não se assusta? E não entra em pânico? É mentira. É rápido mas sabemos exactamente o que está a acontecer quando vamos galgando degraus, saltando-os até pararmos, assim lá para o 8º, com as mãos cheias de sangue e em carne viva, falanges sem pele, cotovelos esfolados, pé torcido e tornozelo dormente. O que é que eu faço a isto? Alguém me diz? Eu não acredito que tenha tanta queda para a queda, o tralho, a asneira. Logo pela manhã deixara no sapateiro dois pares de sandálias que rebentei em quedas que dei no verão. E ao calçar umas terceiras, estas novas, disse de mim para mim, maria clara, vais toda empiriquitada para lá do marão, mas ali mandam os que já lá estão. Se cais lá, se vão umas sandalocas acabadinhas de estrear que te custaram os olhos da cara, num devaneio aquando da estadia na Nazaré na semana da Páscoa. E se o pensei, mais depressa aconteceu. Tenho para mim que devia comprar daqueles sapatos ortopédicos em rede que as velhas usam. Tenho para mim que não devia pôr o pé na rua, embora um dos meus maiores espalhanços que até fiquei sem fala foi numa passagem de ano dentro de casa, há uns anos atrás. Hoje as minhas mãos que foram as mais atingidas, no desespero de tentar agarrar-me, doem-me que eu sei lá. Meto-me em caminhos apertados e depois dá nisto. Mas, tudo bem, quando acaba bem. Até à próxima.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Richard Bona~O Sen Sen Sen ~Live~
Porque vou ver o estado dos blogs que por aí mexem, comigo, há-os que têm música assim que os abro, e gosto. Também gostava de saber como se faz, mas...pronto. Não gosto de ser macaca de emitação e fico quietinha neste blog de trazer por casa que já me dá que fazer, que chega, mas a música roubo no capiango denunciado sempre ou quase sempre. Blog da minha eleição ( um dos poucos ), adorei esta música que não conhecia, por isso, assim como este espalhafato todo, que não sou discreta, já a trouxe para o meu kimbo. Thanks. Kisses.
hoje serei tia
-Tia?
-Sim, querida? Tudo bem?
-Tudo bem, tia Clara.
O papá está a dizer que estamos a sair do hotel, mas ainda estamos na cidade...
E o meu coração se enterneceu. Tenho dois sobrinhos verdadeiros. Também me chamam tia. Nesta terra, só sou tia para eles e para os filhos dos amigos. Alguns. Ah, o Nuno também me chama tia.
Mas quando oiço uma voz sotacada chamando-me assim, sinto-me já em casa.
Vejo-me andando na cidade. Comprando os doces na rua. Sendo abordada na praia, na esplanada ou na igreja. Vejo-me com os amigos; e os filhos, sobrinhos e os netos dos amigos. Vejo-me Luanda. Comigo. Em mim empoleirada. Instalada. Completamente. E sorrio, logo pela manhã.
Hoje Luanda chegou a mim, assim, na voz duma menina que é quase sobrinha, e que me conquista a cada vez que me chama de tia.
-Sim, querida? Tudo bem?
-Tudo bem, tia Clara.
O papá está a dizer que estamos a sair do hotel, mas ainda estamos na cidade...
E o meu coração se enterneceu. Tenho dois sobrinhos verdadeiros. Também me chamam tia. Nesta terra, só sou tia para eles e para os filhos dos amigos. Alguns. Ah, o Nuno também me chama tia.
Mas quando oiço uma voz sotacada chamando-me assim, sinto-me já em casa.
Vejo-me andando na cidade. Comprando os doces na rua. Sendo abordada na praia, na esplanada ou na igreja. Vejo-me com os amigos; e os filhos, sobrinhos e os netos dos amigos. Vejo-me Luanda. Comigo. Em mim empoleirada. Instalada. Completamente. E sorrio, logo pela manhã.
Hoje Luanda chegou a mim, assim, na voz duma menina que é quase sobrinha, e que me conquista a cada vez que me chama de tia.
olho o dia entardecer
O sol não apareceu
O mar mora lá longe
A flor avermelhou
O céu escureceu
E eu, penso em ti
Não sei se é certo
Não sei se existes
Se te desenho
Arco-íris multicor
Na chuva branca
Gelada
Sagrada...
Deste fim de tarde
Não sei se te escrevo
Te chamo ou te rejeito
Se te esqueço...
Enquanto sei e não sei
Olho o dia entardecer...
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