terça-feira, 17 de maio de 2011

recebi a mensagem

" Olá, hoje é o dia do aniversário do teu avô; ele faria hoje 100 anos... "
Estamos a falar do avô Carvalho. Da carrinha azul. Das idas ao cemitério ao domingo de manhã, à campa da avó. E aos correios. À caixa postal. E à praia da Chicala. Ao clube dos caçadores, ao tiro aos pratos, ali ao lado do cinema Miramar. Da ida às salinas, à feira popular. Estamos a falar de rosas, mangueiras, pitangueiras, morangueiros, goiabeiras, romanzeiras, cágados, peixes no tanque. Sipaios. Domingos. Noites quentes e de trovoada sentados no patim da casa. Transistor de oferta. Sapatos, nota de 1000. Chocolates. Xuingas. Estórias. Cantigas. Estamos a falar de pontes, fábricas, pavilhões. Locala, Moçâmedes, Porto Alexandre. Deserto e welwitschia. Natais. Cartas. Casa de Saúde de Luanda. Marcadores. Estamos a falar de elegância, génio, bondade. Honestidade e bom senso. Estamos a falar de mim, da mãe Celeste, da avó Rosalina. Da Manuela e do Zé. De família e compromisso. Da aldeia de Vilar. Estamos a falar de um grande homem. De um auto-didata, um visionário. Do meu herói. Do meu avô. Que hoje faria 100 anos.

( Manuela, nunca me esqueço do teu pai e meu avô, nunca mesmo. Hoje mais que nunca Estamos Juntas! )

1 comentário:

Anónimo disse...

Bela homenagem!
Parabéns.
A.L.