sobre(vivência )

(foto tirada em viagem para torres novas)A semana decorreu bem. Apesar de ter chegado de Luanda 2ª feira, apenas voltei para o Ribatejo 3ª feira. E não tive parança. Para não parar para pensar e chorar, pois então! Tenho de me proteger e faço de tudo para me sentir bem.

Trabalhei a semana toda e recomecei sem aquela angústia habitual, pós-férias de verão, por aqui. O fenómeno parece óbvio. Porque deixem que vos diga, é mesmo um achado. Mas o segredo sei bem qual é. Trago o coração cheio. Respiro Luanda por todos os poros.

Ainda não estou em mim... ainda não me devolvi à Europa...

As noites, passei-as fora de casa e acompanhada. Foi bom. Os afectos na falta daqueles afectos que ficaram lá, como a minha alma.

Jantei com o mano Zé e Lurdes, um dia. No outro, com a caçula. E no último com uma amiga.

Fui aos saldos e comprei um chapéu com 70% de desconto na Blanco e que me ficou pelo preço da chuva ( 3,80 euros ) que está em saldos também, aqui e noutras paragens tais como Luanda e Rio de Janeiro, sendo que neste lugar a tragédia é lamentável, revoltante e desesperadamente fatal.

Fui ao cinema e adormeci. A Angelina Jolie não me manteve acordada e terei que voltar a ver O Turista se quiser ter opinião.

Recuperei a ternura da Pitanga depois de ter estado 15 dias ausente, mais 4. Recebi umas lambidelas nas mãos e nariz, de pazes feitas e pude recebê-la no meu colo.

Jantei num restaurante fantástico em Alcântara, de amigos da cria mais velha e pude comer uma mousse de maracujá, relembrando os sabores africanos tão ainda à flor da pele, ou melhor na ponta da língua.

Que mais quero né? A vida mulata terminou, mas como diz a minha amiga maria helena ( uma angolana de mão cheia ) sou uma criatura abençoada...