- Olhaaaaa, pensávamos que a senhora já não voltava!
- Eu queria mas ainda não foi desta.
- Alto bronze. Não é para todos...
De facto não é para todos. Não foi para mim durante 33 anos. A idade de algumas daquelas pessoas que aguardavam o autocarro, quando cheguei ao fim de 18 dias. E ocorreu-me um lugar comum e até mais do que isso, vulgar. Só vêem o vinho que bebo, não vêem os tombos que dou.
Eu até sou apologista dos tombos que dou. Não, não sou masoquista, que cair doi que se farta, eu que o diga que ando sempre a escorregar, nem precisa de ser na casca da banana, é uma sina que tenho, tropeçar, cair e ter de me levantar. Mas é no levante que cresço um palmo a cada vez. E este ano, esta minha ida a Luanda foi mais do que um reencontro. Foi uma aprendizagem grande. A mente mais calma, e lúcida, permitu-me subir degraus que me colocam mais perto da pessoa que desconsigo, mas quero ser, no dia a dia mesquinho em que o ponto mais alto é serem juízes da personalidade e conduta de Carlos Castro ( um angolano do sul ) e do acto (????) tresloucado de um jovem que foi colega de curso, em Coimbra, de alguém que me é muito chegado, porque não dizê-lo, do meu sangue.
Se me senti sempre orgulhosamente vaidosa por ser angolana, hoje tenho uma honra de um tamanho sem tamanho de ter chorado a primeira vez naquela terra, quando respirei o ar da manhã de um cacimbo de Julho.
Estar com um bronze, é bom. Eu gosto porque sou vaidosa mas, não é nada comparado com o que recebi de Luanda e dos amigos nestes dias que me fizeram esticar nesse crescimento por vezes sem dor nem tombos. Pelas lições de vida. Pelo exemplo.
Aiuê chiamieeeeeeeê, tenho o coração a transbordar mais do que nunca.
Ainda estou em estado de graça...
2 comentários:
Aonde está a foto do bronze, oh...minha?
Aonde está a foto do bronze, oh...minha?
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