Vim ver o mar.
Tinha saudade do seu azul limpo, mais forte que o azul celeste.
E da linha do horizonte que divide os sonhos, aqueles que sonho de olhos fixos no futuro, fazendo apelos, sentando nos bancos, na beira da praia, dos sonhos presentes em que me deito, num conformismo e bocejo que há-de terminar um dia qualquer.
Desta vez me envolvi desta cor e me perfumei de flor de sal que me serve de sustento.
Hoje o meu pensamento voou que nem pássaro livre em vôos ousados. Se chamam isto de sonhar, não sei.
O que sei é que cheguei aqui, olhei este mar imenso e de mim para mim disse que não era boa idéia sonhar. Até porque precisava de me concentrar. Inspirar o ar intenso de iodo que abunda por aqui e acertar agulhas nas linhas do comboio que me trouxe e fazer o caminho de volta.
Para o mar verde esmeralda, branco, azul, cinzento, multicor da outra margem que a linha do horizonte divide como quem não quer a coisa, num disfarce que não me engana.
A partir de hoje, contigo ou sem ti, eu vou ser o próprio sonho, galgando fronteiras, em braçadas gigantes.
Não sei se te sentas comigo. Se me acompanhas nesta viagem de sonho.
Só sei que não vou esquecer de lembrar que fazes parte. Do sonho...
Aquele que invento, mas que fica verdade de vez em quando, no mar que toca a minha alma, num arrepio de pele.
Afinal, aquele que é sonho meu, teu, e ia jurar que, de muita gente que nem nós...
sábado, 4 de dezembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Olha o mar, sim...contempla-o, aspira o seu perfume,
deixa-te voar sobre as ondas...e vai, mesmo que em sonhos, mais longe..a outro continente, de sol forte e terra vermelha, de grandes imbondeiros e de belas acácias.
Enviar um comentário