sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

corrida de S. Silvestre de Luanda


O evento hoje e neste momento mais importante em Luanda é a corrida de S. Silvestre de Luanda. Como diz o locutor, uma corrida de todos nós.
Vai acontecer dentro de momentos. Os atletas partem da Mutamba. Aqui, na rua da Missão passarão dentro de alguns minutos, talvez 10, 15 minutos. A avenida está deserta. Os polícias controlam tudo e o público não é muito. Dos prédios vêem-se algumas pessoas às janelas. Grupos de miúdos jogam à bola nos passeios dos prédios. Participam na prova 2 portugueses, outros europeus, um grego, alemães, dois russos, um búlgaro, sul africanos, um canadiano, etíopes entre eles o recordista mundial e de outros países africanos. Mais de mil atletas integram esta prova e prevê-se que seja uma corrida renhida.
Ouvem-se as sirenes. Os helicópeteros sobrevoam toda esta zona que fica pertíssimo da Mutamba.
É a corrida mais mediática de todos os tempos.
Vejo a TPA e ao mesmo tempo oiço a rádio que cobre o evento. Os céus de Luanda estão em hora de ponta, num tráfego surpreendente.
Começou a prova neste momento. Seguem para a Maianga. Passam em frente à Delegacia de Saúde apenas passados 4 minutos. Correm bués, estes atletas de gabarito internacional (alguns). A população é quase nula em algumas artérias da cidade. Está um calor sufocante e esta prova será duríssima.
Aguardo por eles no oitavo piso da avenida da Missão, antiga luís de camões. Vão neste momento na avenida dos quartéis. Passarão o liceu feminino até ao Zé Pirão.
Depois a avenida da Missão, Mutamba, Coqueiros. Estádio.
Estou neste momento a ver o estádio dos Coqueiros no seu interior onde se encontra a meta que os atletas vão cruzando.
Há quanto tempo, Avé Maria!
Mas porque o meu kamba desceu para a rua eu não podia perder e fui também e no rescaldo é que está o engraçado da corrida. Gente de cabelos brancos. De cuecas e sutien, fazendo piruetas e até reclamando como um que ia andando em passo apressado, completamente rebentado e dizendo asneiras e que - contrataram estrangeiro, para quê então estrangeiro?!... Foi um gozo com o público e os últimos inscritos. Mulheres muitas e de várias idades e nacionalidades. Gostei de assistir in loco a estas corridas que já não via vai para mais de uma vida. Venceu o recordista etíope, ouvi dizer.

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