domingo, 19 de dezembro de 2010

coincidência ou não

- Amiga quando é que vais para a praia?
- Domingo que vem.
- Preciso da tua ajuda.
- Ok. Diz.
E disse que a mãe, que está lá e sempre esteve e é aquela querida que o ano passado ainda se lembrava que eu era sonâmbula quando era pequena, e até contou um episódio surreal que todos que me conhecem desse tempo sabem, precisa de momendol. Se eu lhe levava duas caixas, perguntou ela.
Claro não é? Nem se pergunta. Que óptimo pretexto para ir à Vila Alice, à Fernando Pessoa e à Eugénio de Castro; a rua do Macambira, do cinema Império e escola Industrial.
De manhã fui à farmácia. A farmacêutica, uma menina simpática que nunca ali vira questionou-me sobre o cartão Farmácias Portuguesas e com pena minha disse não ter. Mas que gostava de o fazer. E logo ali a menina simpática se disponibilzou e até preencheu o papel. Pediu-me a morada. Dei a de torres novas.
-Que engraçado. É de torres novas. A minha melhor amiga vive lá. E tem uma farmácia.
- Conheço concerteza.
E disse. E conheço-a desde pequenina. E cresceu ali na rua onde fica o tribunal de torres novas. Onde trabalhei muitos anos. A vê-la todos os dias no supermercado, ao lado da farmácia, onde diariamente os funcionários iam beber café. Indo para a escola também na mesma rua, a única primária da cidade.
O mundo é de facto uma ervilha. E hoje isto veio comprovar a minha teoria. A farmacêutica do Olival, não é do olival, é de Proença-a-Nova, estudou com a farmacêutica da farmácia mais perto da minha casa e do que foi o meu local de trabalho. E a mãe da minha amiga que está em Luanda descansadinha da vida e nada tem a ver com estas pessoas vai tomar os seus comprimidos comprados no Olival que de comum com torres novas só as amigas farmacêuticas...e eu. Faz sentido. Cada vez mais achar que isto é mesmo uma ervilha

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