À chegada a Luanda.
Entrei no aeroporto e fui para a fila imensa da emigração.
Chegada a minha vez mostrei o passaporte a uma funcionária novíssima, bonita e simpática. Odeio que me chamem D. Maria, mas pronto, o que é que hei-de fazer se o meu nome primeiro é maria?!
Depois de colocar cada um dos polegares na maquineta para as impressões digitais, prática nova, segui viagem. As instalações da chegada são novas, mas semelhantes às improvisadas nos voos domésticos que no ano passado vim encontrar.
Parei numa esquina onde se encontravam outros dois funcionários para mais uma verificação do visto no passaporte. Entreguei o meu passaporte a um deles, que estava livre. Homem negro quase azul naquela cor dos negros do sul de Angola. Meia idade.
Olhou o passaporte, olhou para mim e disse: Muito bem dona mariaaaaaaa......
- Clara, disse eu.
- E é clarinha sim e bonitinha.
Pronto! A primeira cantada angolana. O pior é que odeio que me digam que sou bonitinha.
É muito poucochinho ser bonitinha. E algumas das pessoas que eu gostava que me elogiassem já o fizeram nesta coisa tão mediocre de me dizerem que sou bonitinha.
Agora até no controle dos passaportes um mwangolê...
Ganharam. Rendo-me e reduzo-me à minha insignificância.
Mas que mwangolê é abusado, é. Sukuama!
Entrei no aeroporto e fui para a fila imensa da emigração.
Chegada a minha vez mostrei o passaporte a uma funcionária novíssima, bonita e simpática. Odeio que me chamem D. Maria, mas pronto, o que é que hei-de fazer se o meu nome primeiro é maria?!
Depois de colocar cada um dos polegares na maquineta para as impressões digitais, prática nova, segui viagem. As instalações da chegada são novas, mas semelhantes às improvisadas nos voos domésticos que no ano passado vim encontrar.
Parei numa esquina onde se encontravam outros dois funcionários para mais uma verificação do visto no passaporte. Entreguei o meu passaporte a um deles, que estava livre. Homem negro quase azul naquela cor dos negros do sul de Angola. Meia idade.
Olhou o passaporte, olhou para mim e disse: Muito bem dona mariaaaaaaa......
- Clara, disse eu.
- E é clarinha sim e bonitinha.
Pronto! A primeira cantada angolana. O pior é que odeio que me digam que sou bonitinha.
É muito poucochinho ser bonitinha. E algumas das pessoas que eu gostava que me elogiassem já o fizeram nesta coisa tão mediocre de me dizerem que sou bonitinha.
Agora até no controle dos passaportes um mwangolê...
Ganharam. Rendo-me e reduzo-me à minha insignificância.
Mas que mwangolê é abusado, é. Sukuama!
3 comentários:
É sim, abusado o mwangolê, mas não te chateies, D.Maria, Clarinha e bonitinha.
O importante é que estás aonde gostas e amas.
Beijinho, amiga
Clara, o assunto é sério!!! não arranjaste BI angolano? se eu soubesse tinha falado contigo acerca disso mas, não é assunto para tratar aqui. Se precisares de tratar desse assunto trata por mail, OK? beijos Elizabeth
Sukuama! Ei amiga há quanto tempo não lia ou escutava esta palavra? mas estava cá, lá no fundo da maquinêta chamada" lembrança". maria luanda
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