Tomar o pequeno almoço às 5 da manhã, 6 de Luanda, e depois o comandante anunciar que dentro de uma hora estaremos em Luanda, faz os meus olhos brilharem de emoção. A janela está ali mesmo à mão de semear. Desconsigo olhar para dentro. Já só tenho o olhar nas nuvens e o pensamento na terra.
De repente vejo o mar. Diferente das nuvens. Mais branco. Semeado de barcos. Grandes. De mim para mim, falando com os meus botões digo que é terra, quer dizer, é mar.O meu mar.
Alguém diz - é Cacuaco. Os contornos das baías e da terra castanha tornam-se mais nítidos. A ilha ao longe, é uma língua de terra pelo mar dentro. É uma avalanche de sentimentos em mim.
Depois vejo a marginal. O porto. As avenidas principais. Luanda! E apetece-me o ombro da minha mãe, do meu filho ou da minha filha. Ou os três. Para chorar muito. Tudo. Na emoção.
Voo. Sobrevoando a minha terra, finalmente. Reconheço-a. Este sim é meu chão. O meu porto seguro. E fico que nem posso...de felicidade.
3 comentários:
Apre amiga! Fizeste-me chorar.
Também quero.
Goza muito a nossa Luanda.
Um abraço grande a essa terra.
Tudo de bom para ti Clarinha e para essa terra maravilhosa. Imagino como te sentiste nessa hora...o coração apertadinho, a lágrima a saltar. Beijinhos
Amigas, beijinhos
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