parabéns príncipe

Lembras-me mãe sonhando futuros. Outro filho.
Primeira falta. Alegria. Semente dentro de mim. Crescendo. Sabia-te menino.

Lembras-me casaquinhos de malha e botinhas. Fatos inteirinhos, feitos por mim. Com tanto amor. É isso, lembras-me amor em doses gigantescas desde mim até ao infinito.
E lembras-me Outono. Mês de Novembro. Tempo terminado e tu sem nasceres.

A passares para Sagitário quando te juraria Escorpião.

Toda eu uma barriga descomunal.

Chuva e frio. Tangente ao dia da tua avó. E eu a fugir de te ter nesse dia, para o bem de ambos. Espera e ansiedade.
Lembras-me sala de partos. Helena Lage.

Respirar, fazer força, respirar e força. Não a força na garganta, mas no ventre. Nos músculos. Já sabia, da mana, como se fazia. Mas tive de fazer muita mais força, respirar, força...

Lembras-me momento de felicidade. Quando te ouvi chorar e te vi ao dependurão. Latagão.

Com umas costas e ombros lindos.
Lembras-me prazer de te saber um rapaz. A roupinha preparada. Alívio. Afinal, mais uma vez fora capaz de dar à luz. Lembras-me peso. Grande e pesado. 4,900Kgs. 53 cms.
Calorzinho vindo de ti. Bebé chorão. O fato que a tua irmã vestira ao nascer. Fiz questão.
Cheiro de bebé limpinho. A talco e creme.
Lembras-me abraços e beijos.
Lembras-me que ser mãe é a coisa melhor do Mundo.
Que desde então sou ainda mais feliz do que era.

Lembras-me que todos os dias agradeço ter-te. Seres o meu filho.
Obrigada meu príncipe, por Deus te ter escolhido para seres a meu filho.

Continua como és. És perfeito nas tuas imperfeições.
E muitos parabéns. E tudo, mas tudo de bom na vida que vais viver e que quero longa e feliz.
Hoje dou-te um abraço maior do que o Universo.
Daqueles que não caibam em todas as eternidades que possam existir.
De nós até ao infinito dos infinitos...