A Pitanga dá comigo em doida. Mas pior que isso, dá concerteza com a vizinha de baixo em louca varrida.
É que eu só oiço e vejo o que faz, se estiver em casa e quando estou acordada. Muito de vez em quando acorda-me devido às suas maluqueiras. Agora a pobre da Augusta que não foi vista nem achada nesta nova habitante do prédio, leva com ela, mesmo de madrugada se tiver o sono leve.
E porquê?! Eu digo. Mas não me orgulha nada este procedimento.
D. Pitanga tem brinquedos. Ah pois é! Tem mesmo. Bolas várias. Pequeninas e grandes. Adora brincar, mas enfada-se rapidamente. E porquê? Porque as bolas que lhe oferecemos ( eu e a filha ) são silenciosas. Já as bolas de natal...Como ela gosta de bolas de enfeitar a árvore de natal!
Bem estridentes.
Anda uma bola há séculos na sua posse. Quando tento apanhá-la atira com ela para baixo da cama e eu francamente desisto.
Mas à 1,30 da manhã andar às voltas com uma bola barulhenta é no mínimo odioso. E hoje não é só a Augusta, os filhos e o marido que precisam de dormir, eu preciso muito, que vou acordar mais cedo do que costume.
E dei comigo a falar, a ralhar com a Pitanga, a ameaçá-la com o chinelo e a correr atrás dela e duma bola de natal...como é que pode? Eu maria clara das dores...
De facto não se pode dizer nunca, que desta água não beberei, jamais.
D. Pitanga é siamesa e isso diz tudo. Não que eu seja preconceituosa, mas...
A bola, a bola mal educada, já a apanhei e escondi-a bem escondidinha, mas não prevejo nada de bom se acaso enfeitar a árvore de natal este ano. Depois vos direi se foi ou não, má volta. Agora quero é dormir e vou aproveitar o sono dela que está toda enroladinha aos pés da minha cama. Até parece um anjinho, os anjos que me perdoem.
sábado, 20 de novembro de 2010
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