Dei comigo infeliz, descendo as escadas, para a rua. Logo pela manhã. Quando me sinto vazia, dá-me sono. Ontem, às 11 horas, sucumbi. Nem a televisão liguei. Mergulhei nos lençóis completamente bêbada de sono e cansaço. Acordei de madrugada com a D. Pitanga jogando à bola, uma bola de enfeitar a árvore de natal que ela guarda religiosamente debaixo das camas para que eu não lhe chegue ( digo eu ). A pobre da Augusta, a vizinha de baixo, é que há-de sofrer com o ruído provocado por ela, embora nunca se me tenha queixado. Ela sabe que eu tenho uma gata já há algum tempo.
Tive um sonho estranho. Eu sonho muito. E lembro-me dos sonhos. E sonho a cores. Há quem diga que não se sonha a cores. Eu cá, sonho. Passei a noite a sonhar com pés. Os meus pés. No pé direito, as unhas pintadas de vermelho. No esquerdo, apenas um dedo tinha uma unha pintada. De preto. Nunca pintei as unhas de preto. Nada contra ou a favor. Não pintei e pronto. Nem sou louca de pintar uma unha, deixando os outros quatro dedos nús. Acho até de muito mau gosto do meu subconsciente, sonhar com unhas dos pés, com tanta coisa boa para se sonhar. A menos que fosse um aviso. Desde que sonhei com um ex-namorado que não via há 18 anos e no dia seguinte, ele me apareceu ao balcão do meu local de trabalho, encontro que seria completamente improvável, pois a criatura até vivia em Moçambique e não sabia onde eu vivia ( achava eu ), já acredito em tudo.
Desci as escadas do prédio, nos meus saltos castanhos, sandálias compradas aquando a minha última estadia na Nazaré, às 8,o2 horas. Não estava atrasada, se bem que tivesse que alargar o passo. A meio das escadas senti uma picadela no pé direito. Parecia um vidro entrando no meu rico pé. E eis que se fez luz. Era sim, um vidrinho ou dois ou três. Esta coisa fofa, meio beje meio preta, olho azul, que se ajeita no meu colo quando estou no computador e se enrola como um lindo pompom, lambendo-me as mãos e querendo brincar com as minhas pulseiras, que estica a pata para me fazer uma festa na cara, e que me olha calma e embevecidamente, é uma fingida preversa. Não fosse ela siamesa. Quando estava a caminho do quarto, comigo, como todas as noites, pois que acha que se deve deitar quando eu me deito e tem para ela que o meu quarto é também o seu quarto, parou para ir ali e já volto, ou seja, com a sua patinha matreira, tombar uma vela e o suporte da mesma, em vidro. Já lá chegaram não foi? Pois foi. Cacos. Vidros em mil pedaços. Uma vassourinha e uma pá, em vez de um aspirador que já era tarde para barulhos. Também por isso não fiz ali mesmo uma escandaleira, dando-lhe com o chinelo e fechando a porta do quarto para que não entrasse. Se querem saber, ela tem um sexto sentido para a escolha. São sempre peças que eu já não posso ver à frente do nariz. Hoje, como sempre, descalça, que eu não sou pessoa para calçar chinelos ao sair da cama, não senhora, fiz as minhas tarefas matinais todas, percorrendo a casa. Na rua enquanto pensava na forma de chegar ao autocarro com esta incapacidade, a raiva, duas raivas foram crescendo. Uma, já sabem para quem era dirigida, para a D. Pitanga. A outra, para mim, porque uma senhora não deve andar descalça em lado nenhum, sobretudo em casa se não tem uma alminha a quem recorrer para estender o pezinho e com uma pinça, a alminha o escarafunchar até tirar vitoriosamente o objecto cortante. Uma criatura sozinha aprende a valer-se e até conquista o espaço, o tempo a seu bel-prazer e torna-se um nada egoísta, mas, xiça penico, como me tinha dado jeito alguém, uma mão que me resolvesse o problema do pé...Em suma, seguiram-se momentos que me aborreceram, tais como andar devagar, com o pé torto para que não me doesse, apanhar o TUT pois não chegaria a tempo ao meu autocarro de outro jeito e continuar com o vidro cá dentro até agora. Bem, resumindo e concluindo, sonhar com pés, agora posso dizê-lo, dá azar. Cruzes, canhoto, chapéu de côco...
Tive um sonho estranho. Eu sonho muito. E lembro-me dos sonhos. E sonho a cores. Há quem diga que não se sonha a cores. Eu cá, sonho. Passei a noite a sonhar com pés. Os meus pés. No pé direito, as unhas pintadas de vermelho. No esquerdo, apenas um dedo tinha uma unha pintada. De preto. Nunca pintei as unhas de preto. Nada contra ou a favor. Não pintei e pronto. Nem sou louca de pintar uma unha, deixando os outros quatro dedos nús. Acho até de muito mau gosto do meu subconsciente, sonhar com unhas dos pés, com tanta coisa boa para se sonhar. A menos que fosse um aviso. Desde que sonhei com um ex-namorado que não via há 18 anos e no dia seguinte, ele me apareceu ao balcão do meu local de trabalho, encontro que seria completamente improvável, pois a criatura até vivia em Moçambique e não sabia onde eu vivia ( achava eu ), já acredito em tudo.
Desci as escadas do prédio, nos meus saltos castanhos, sandálias compradas aquando a minha última estadia na Nazaré, às 8,o2 horas. Não estava atrasada, se bem que tivesse que alargar o passo. A meio das escadas senti uma picadela no pé direito. Parecia um vidro entrando no meu rico pé. E eis que se fez luz. Era sim, um vidrinho ou dois ou três. Esta coisa fofa, meio beje meio preta, olho azul, que se ajeita no meu colo quando estou no computador e se enrola como um lindo pompom, lambendo-me as mãos e querendo brincar com as minhas pulseiras, que estica a pata para me fazer uma festa na cara, e que me olha calma e embevecidamente, é uma fingida preversa. Não fosse ela siamesa. Quando estava a caminho do quarto, comigo, como todas as noites, pois que acha que se deve deitar quando eu me deito e tem para ela que o meu quarto é também o seu quarto, parou para ir ali e já volto, ou seja, com a sua patinha matreira, tombar uma vela e o suporte da mesma, em vidro. Já lá chegaram não foi? Pois foi. Cacos. Vidros em mil pedaços. Uma vassourinha e uma pá, em vez de um aspirador que já era tarde para barulhos. Também por isso não fiz ali mesmo uma escandaleira, dando-lhe com o chinelo e fechando a porta do quarto para que não entrasse. Se querem saber, ela tem um sexto sentido para a escolha. São sempre peças que eu já não posso ver à frente do nariz. Hoje, como sempre, descalça, que eu não sou pessoa para calçar chinelos ao sair da cama, não senhora, fiz as minhas tarefas matinais todas, percorrendo a casa. Na rua enquanto pensava na forma de chegar ao autocarro com esta incapacidade, a raiva, duas raivas foram crescendo. Uma, já sabem para quem era dirigida, para a D. Pitanga. A outra, para mim, porque uma senhora não deve andar descalça em lado nenhum, sobretudo em casa se não tem uma alminha a quem recorrer para estender o pezinho e com uma pinça, a alminha o escarafunchar até tirar vitoriosamente o objecto cortante. Uma criatura sozinha aprende a valer-se e até conquista o espaço, o tempo a seu bel-prazer e torna-se um nada egoísta, mas, xiça penico, como me tinha dado jeito alguém, uma mão que me resolvesse o problema do pé...Em suma, seguiram-se momentos que me aborreceram, tais como andar devagar, com o pé torto para que não me doesse, apanhar o TUT pois não chegaria a tempo ao meu autocarro de outro jeito e continuar com o vidro cá dentro até agora. Bem, resumindo e concluindo, sonhar com pés, agora posso dizê-lo, dá azar. Cruzes, canhoto, chapéu de côco...
4 comentários:
olá! Quando leio textos sobre D.Pitanga, lembro-me sempre do pincher que morreu e que durou 6 ou 7 anos cá em casa. Ele não partia nada, mas não sei como e com uma boca tão pequenina, nos primeiros meses de vida, conseguia retirar uma ficha tripla do sítio e roía as fichas do rádio, micro-ondas, carregadores de telemóveis, quando ficava sozinho por umas horas. Quando cresceu, não fazia asneiras, mas era capaz de comer os brigadeiros todos, ferrero rocher e outras coisas, enquanto nós e as visitas jantavam. Dormia sempre no sofá, feito um príncipe, enrolado na manta e depois enfiava-se na minha cama, onde dormia toda a noite. A sorte é que era limpo e cão de casa. Mas partir, nunca nos partiu nada. D. Pitanga, devia ser decoradora, pois parte os objectos que a Maria Clara não gosta muito ou que está cheia. Unhas dos pés pintadas, são bonitas de se ver quando estão bem pintadas. Para a próxima, tem de sonhar com doces, porque assim ou alguém vai aparecer em sua casa com um doce ou então vai ser convidada para alguma festa. Já ouvi dizer, há anos que se uma pessoa sonhar com determinada coisa, que mais tarde irá acontecer. beijos. espero que o vidro já esteja fora do pé. as melhoras.
Obrigada Nuno.
Pela assiduidade também.
Não tem nada que agradecer, alêm disso, de monotomia o seu blog não tem nada, ora tem muitas fotos ( e fotos lindas ), ora tem textos e isso é bom. Alêm disso, a Maria Clara é boa pessoa. melhor do pé? beijos e uma boa noite
já agora devias era sonhar com o euromilhões.......
quanto aos cacos, eu bem digo k essa gata.......
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