domingo, 12 de junho de 2011

A tradição


Por entre fetos, jarros e sombras corre a água fresca da fonte brotando do cântaro da estátua de pedra, no jardim da avenida. Da esplanada mesmo em frente, oiço o piano num jazz que quase não se dá por ele, atenta que estou aos trabalhos de última hora. A cidade sorri-me coquete. E olha-me de soslaio. Correspondo, sentindo o prazer do perfume de manjericos. Numa garridice dos balões coloridos, espalhados pela cidade, no fumo das sardinhas a assar. Logo mais a dança sairá à rua depois do ensaio geral. As populares marchas do Santo António. E depois finalmente desfilarão alegremente, vaidosas e belas...Mais um dia. Mais um ano na tradição. É Lisboa no meu coração.

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