domingo, 6 de junho de 2010

Sou a verdadeira Pitanga

Quem sou eu? Quem sou?
Um pouco confusa com a luz que bateu nos meus lindos olhos azuis, fechei-os, mas não estou a dormir.
Digam lá que não sou uma GATA?
O meu nome é Pitanga. Dizem que é um fruto angolano. Da terra dela...que não conheço nem conhecerei. Não vou poder viajar até lá porque me barraram a entrada no avião do cabrito. E parece que nessa terra maravilhosa(????) há lá gente que faz espetadas com a minha raça. Credo, como é que ela fala tão entusiasmada duma terra que tem gente que não respeita os gatos? E mais...como é que tem uma amiga do peito, que eu sei, porque vou ler os comentários do blog, (eu estou quase sempre ao colo dela quando está na net, afinal eu é que sou amiga do peito), que não gosta de gatos? Quer dizer, de gatas?
Bem,vou mudar de assunto, porque ela tem uns amigos mais selvagens que eu e depois ainda cá vêm a casa com alguma pressão de ar e esfolam-me viva.
Mas agora que perdi a vergonha, e resolvi mostrar-me, ficaram a conhecer-me, embora não esteja no meu melhor. Aqui que ninguém nos ouve, eu sou uma gatona.
Hoje estou um pouco deprimida, e o meu pêlo ressente-se, porque não sei se sabem mas ela deixou-me quatro dias fechada em casa, a pão e água. Quer dizer, com umas latinhas de comida húmida, comida seca colorida e água. Deixou-me entregue à minha sorte e ao tio Zé.
Eu, que copio o mau feitio dela, para me vingar, remexi-lhe as gavetas da cómoda do corredor. Nã, não foi só a última, a dos pijamas. Passei para a seguinte. Bem feita, nhanhanhanhanha!
Mas a fúria entretanto passou-me, porque assim que a ouvi nas escadas fui pôr-me à porta esperando-a. Passou-me a mão pelo pêlo, que ela sabe bem o que me fez, e eu deixei. E gostei. E até já fui lamber-lhe as mãos e mordiscar-lhe os dedos. Tratou-me por pitanguinha, bebé, fofinha, meu amor, minha querida, e eu fui derretendo a raiva que lhe tinha. Ocupei-lhe o colo e recebi um cafoné. Vem mansa de Lisboa...correu-lhe bem o fim de semana prolongado. Ainda bem, não sobra para mim, porque quando sobra chama-me D.Pitanga, pergunta-me se quero levar com o chinelo e até já cumpriu. Nesse dia se não fosse cá por coisas, tinha ido queixar-me à comissão de protecção de menores em perigo...
Bem, bem, vou mas é calar-me. Não vá o diabo tecê-las. Já me alonguei muito, se calhar falei de mais, por isso me despeço. Foi um prazer aqui escrever.
Muitos beijos felinos e um abraço do tamanho do meu mundo e do dela.
Até á próxima. Ouvi uma conversa ao telefone e desconfio que vai haver uma próxima brevemente, com a caçula dela. Não quero levantar falsos testemunhos mas já cá me chegou e que remédio, vou ter que pôr os bigodes de molho de novo para me preparar para a solidão.
Xau, xau, miau, miau...

4 comentários:

maria disse...

amei a pitanguinha. linda que ela é. e despachada como a dona.
diverti-me.

mira city disse...

O meu gatinho que era da mesma raça, viveu durante 18 anos, morreu há dois de velhinho, e me deixou mt.saudade, mt.inteligentes mas tb.mt.ciumentos não gostam que lhes ocupem o seu lugar, era o que se passava com o meu por duas vezes fui parar ao centro de saúde apanhar a vacina do tetano,bjs.

Maria Clara disse...

Oi querida mira city. Tudo bem contigo?Desejo que sim. A Pitanga é deste jeito que eu conto, mas tbm tão meiga que é comovente a forma como ela interage comigo. Tenho aqui um amiga para a vida, sem ser lamechas, é muito querida e basta eu fazer voz melada que vem logo para o meu colo e pôe-se a jeito de receber festas. A Pitanga foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos meses, sabes? Deixei de ser eu mais eu. Agora sou eu e a Pitanga e mtas vezes deixo de fazer determinadas coisas porque ela está sozinha, acreditas? E não me custa.
Beijinhos.

Anónimo disse...

realmente ela é mesmo bonita a bichinha, fofa, mas..........bem longe de mim, aí na tua casa ou onde ker k seja mas NUNCA no meu colo....na na ni na não.....prefiro
os «outros gatos», gostos não se discutem não é???????
era o k me faltava uma gata a desarrumar-me as gavetas...eu hein!!!!!!pincho nela!