É servida, Senhora?
Estendendo o braço para mim e abrindo a mão onde tem duas nêsperas.
Não, muito obrigada. Digo sorrindo. Abrandando o passo.
Ao lado, no banco de pedra onde está sentado, dois ramos de nespereira, carregadinhos de nêsperas.
O homem, de cabelo todo branco e barba grande, da mesma cor, encolhe os ombros e olha de novo as nêsperas. Volta ao seu mundo, que não conheço.
Por um instante, um segundo, fiz parte deste mundo delicado e generoso. Puro.
E segui o meu caminho com a imagem do gesto encantado, de um deus que me afagou logo pela manhã.
terça-feira, 15 de junho de 2010
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