Após uma ausência minha de alguns dias, nunca mais do que 4, 5 dias até hoje, à excepção da minha ida a Luanda, de férias, que foram 15 dias e ela estava comigo à menos de um mês, a Pitanga não aceita ficar sozinha, ou não aceita que eu me vá embora e não a leve.
As suas reacções assim me fazem acreditar.
Quando regresso é agressiva. Investe nas minhas pernas, arranhando-as, tenta morder-me os cotovelos e olha-me com raiva. Enfureço-me com ela. Prometo-lhe o chinelo e a culpa da ausência nem se instala. Mas percebo-a.
Mas se a Pitanga me espera à porta ( o caso desta semana, quando voltei para casa ) e volta para dentro indiferente, se deita no tapete ignorando-me, me olha no seu azul celeste, inexpressivamente, e nem cede aos meus chamamentos a culpa não cabe no meu corpo. Nessas alturas, chamo-a de tudo quanto me ocorre, desde bebé a " meu amor vem à mãe," e as minhas crias passam a três. E ela nem pestaneja.
Dizem que os gatos têm alma. Não sei, nem quero saber. Só não aguento que a Pitanga me despreze.
O que vale é que como não é rancorosa e é muito meiguinha, passado algum tempo, rodeia, rodeia e acaba querendo saltar para o meu colo a pedir-me que lhe faça festas no pescoço deitando a cabeça no meu braço num abandono que aí sim, me faz ter remorsos, muitos de a deixar sozinha.
Enfim, pitanguices desta gatinha linda que se chama Pitanga e que é muito carente e ciumenta...
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário