A Mena é a minha colega de liceu do 1º ano. Aquela que morava ao fundo da Rua Fernando Pessoa, que dava para a Eugénio de Castro. Eu na esquina da Fernando Pessoa com a avenida Brasil e ela na outra ponta.
A Mena é a minha amiga que eu ia buscar a casa, para fazermos o que faltava do percurso para o liceu, juntas.
A D. Aida, mãe da Mena, ainda agora em Dezembro, quando a fui visitar à mesma casa de sempre na Eugénio de Castro, Vila Alice, recordou esse tempo em que éramos candengues, e eu lhe aparecia pelo quintal chamando a filha, que a maior parte das vezes ainda estava a acabar de almoçar. Lembrava-se até que eu era sonâmbula e uma noite, noite fora, o meu pai, sô Santos, me fora apanhar já no meio da rua, a caminho do colégio onde fazia a primária. E lembrava-se de outras coisas que me enterneceram e fizeram chorar comovida.
A Mena vive em Portugal. No Ribatejo como eu. Só que num Ribatejo mais profundo, de muita mais tradição.
Eu, ela e a Milú de vez em quando conseguimos estar juntas ao mesmo tempo e é uma festa das grandes. Continuamos a sentir a intimidade que os amigos não perdem. Continuamos a rir como no tempo da adolescência. Continuamos as três, Amigas.
Todos os dias recebo mails seus. De vez em quando telefonamos. Não nos vemos há uns meses, porém os nossos reencontros são os de pessoas que gostam muito uma da outra. A Amizade é isto.
E porque hoje faz anos, eu lhe desejo o melhor do mundo, como o desejo para mim.
Amiga, um dia muito, muito feliz e parabéns.
Quando é que fazemos outra farra? Xé, está na hora.
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