Já tinha " aviado " dois, que é mesmo o termo que me ocorre. Deixei o professor de filosofia, que veio de Pampilhosa da Serra e que desde a minha entrada em torres novas me veio a cocar e cá para mim a filosofia queimou-lhe alguns fusíveis, deixei a mulher que é do Sobral, vive no Cartaxo, trabalha no mercado e precisava de 5 euros para regressar a casa, e porque a minha vida não é isto, desci as escadas para ir para o metro.
Ao fundo das escadas estava a mulher romena que está sempre por ali, mais nas escadas, mais junto ao café onde já lhe ofereci o pequeno almoço bem como o da sua filha. Não sei se me conhece. Vejo-a quase todos os sábados que venho para Lisboa e me desloco de metro para o destino. Acena-me com o borda d'água e quando não é este, são outros papéis que não me detenho a ver.
- Senhora, posso pedir-lhe uma coisa?
Eh pá, mais não, disse muito para mim. Basta, que eu não sou a segurança social. Que ironia esta!!! Uns são e os outros é que têm compaixão!!! respondi-lhe sem parar:
- Não pode, querida, não pode...e porque este sábado muito falei com os meus queridos botões que ficaram em torres novas, pois que a roupa que tinha vestida não os tinha, repeti para dentro:
- Não pode, não quero saber de mais pedidos, não pode não, porque se pede eu dou...
Não gosto que me falem ao coração. Sou sempre enganada. Ou quase sempre...
Ao fundo das escadas estava a mulher romena que está sempre por ali, mais nas escadas, mais junto ao café onde já lhe ofereci o pequeno almoço bem como o da sua filha. Não sei se me conhece. Vejo-a quase todos os sábados que venho para Lisboa e me desloco de metro para o destino. Acena-me com o borda d'água e quando não é este, são outros papéis que não me detenho a ver.
- Senhora, posso pedir-lhe uma coisa?
Eh pá, mais não, disse muito para mim. Basta, que eu não sou a segurança social. Que ironia esta!!! Uns são e os outros é que têm compaixão!!! respondi-lhe sem parar:
- Não pode, querida, não pode...e porque este sábado muito falei com os meus queridos botões que ficaram em torres novas, pois que a roupa que tinha vestida não os tinha, repeti para dentro:
- Não pode, não quero saber de mais pedidos, não pode não, porque se pede eu dou...
Não gosto que me falem ao coração. Sou sempre enganada. Ou quase sempre...
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