E eu? Quem sou eu que te rega, regador, jardineira, sem maneiras, peneiras, te admira, te olha, te imagina e te reflecte. E te aprende. Te cora na vergonha de toca e foge, apanhada nas curvas que a vida tem?!
Mal-me-quer, bem-me-quer, bem ou mal? Desfolhando as minhas horas, o teu tempo vagabundo, na memória, já cansado, já chorado, já sonhado...
Mal-me-quer quem nada sabe, quem nada quer, quem nada diz, se fosse como eu já quis, bem-me-quer que me quer bem e tu também. E eu também...
Olho a pétala da flor, minha cor, de amor tão branca, cresce livre de amarras, como canto de cigarras, cesce livre minha flor...
Quem és tu? O meu reflexo. Já não sei te mereço. Esse mote que me traz, às vezes dás, afinal, às vezes paz, às vezes luz de real verso, diamante, luar, sol e mar, de tudo amante ...
Quem sou eu que de ti falo, de ti espero, de ti reclamo, de ti me escondo e apenas quero ser tua sina mais do que minha...
Quem sou eu que não sei quem tu és, se te escrevo, te adivinho, te acredito e me repito, me repito, como se tu fosses eu, algo de meu, algo de teu, apenas porque insisto, insisto...
4 comentários:
olá. passei aqui para lhe desejar um bom fim de semana. Lindas palavras, dirigidas ás plantas. beijos
Poderás não estar apaixonada por alguém, permite-me que duvide, mas uma coisa é certa, como dois mais dois serem quatro - estás apaixonada pela escrita.
Que beleza, Clarinha!
Beijos.
Que lindo Clara... cada um, melhor que o anterior... tocas-nos a alma amiga, com as tuas palavras. Bjs.
Beijos para todos e obrigada por a
qui chegarem e pararem.
Eu gosto de vos ver aqui. Sei lá, assim como se não estivesse gritando nos vossos silêncios.
Bom domingo.
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