Saltito por um carreiro estreito. Não enxergo as pedras que abundam no caminho, mas sei que estão lá. Os olhos insistem em percorrer a noite, quando a alma cansada já desistiu. Não é uma noite como as outras. Alguém me soprou por de trás do ombro, e me disse que eras tu. Que vinhas lá. Olhei-te quando me olhaste. Mas ia jurar que nem me viste. Foi tão rápido, que não sei se aconteceu ou foi fruto do meu sonho colorido de verão. Atordoei-me. Silenciosamente. Como se fosse tola. É. Se fosse loira, olhava-te nos olhos a correr, e dava-te a mão. Aloirava-te no meu coração. E seria feliz. Mas sou morena. Castanha dourada do bronzeado do sul amigo. Igual a tantas outras veraneantes de praia, mar e sol. Deixei-me ficar sentada a ver-te desapareceres. Num banco de pedra, como há tantos pelos carreiros estreitos onde saltito, à espera que um dia páres, me olhes com olhos de ver, e me dês a mão.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Texto muito bonito. Gostei.
beijinho amiga Clara.
Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.
Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.
Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.
Obrigada Constância.
Beijinhos amiga.
Enviar um comentário