Hoje senti vontade de ir ao cinema.
Há bastante tempo que não ia comer pipocas, beber coca-cola ( a saber a tintura, porque aquilo é tudo menos coca-cola ) e...comer gomas. Sim, gomas, como os miúdos. Aquelas ácidas, mas tão ácidas que fazem arrepiar. Em formato de coca-cola. E de ovo estrelado. E aquelas que são tão fofinhas e cor de rosa que até dá pena desfazê-las na boca. E por fim umas verdinhas, moles e com sabor a menta. Jesus Maria!
Mas ida ao cinema é assim. Com rituais. Com determinadas companhias.
Senti vontade de ir ao cinema, mas depois esqueci. Ando caseira e pretendia ver um filme daqueles filmes de domingo que a televisão sempre dá sobretudo no inverno.
Mas não é que recebi um convite, assim num surpresa que já não me surpreende,vinda pelo telefone? E o que é que fiz? Surpresa? Não. Aceitei e não estou nada arrependida, apesar de ter um saco de viagem para preparar.
Mas não foi fácil, nada mesmo, chegar a horas. Como os taxis são para os que podem e para mim quando não há outro remédio, e hoje havia, fui a caminho do metro. Já estava na escada rolante quando uma das minhas sandálias se descolou. Digo-vos, disse uma asneira. E lembrei-me de alguém que me contabiliza o calçado que compro e que estando presente me diria logo: Vês? Só compras merdas.
E eu dar-lhe-ia razão porque hoje, a caminho do metro foi o que disse:
Mas porquê que só compro merdas?
É que as sandálias da minha desventura foram compradas no mercado das quartas-feiras. Por altura das férias judiciais ( que não o são, para nós, funcionários ) eu e outras vamos em procissão ao mercado e prometemos que compramos. Estas desgraçadas e outras custaram-me 10 euros. Estas fiquei com elas mas quase não as usei. As outras, dei-as assim que alguém gostou delas, sem sequer as ter estreado. Pelos vistos devia ter dado também estas. A sorte dos portugueses e não só é que damos um pontapé numa esquina e aparece-nos uma loja de chineses. E lá vou eu encontrar arranjo para as minhas sandálias ciganas numa loja de chinenes ( gand'ironia ) que me pregaram a partida em dia de cinema, estréia, este verão. Com cola tudo e ajuda do chinês que me atendeu consegui ser sapateira em dia de descanso.
Ia ver o filme das 19,15 horas, Dia e Noite, mas acabei por ver outro bem mais interessante, Vão buscar-me Alecrim. Acabado este fui jantar e de seguida, sem pestanejar candidatei-me ao anterior. E assim, marcharam dois filmes no mesmo fim de tarde. Nada inédito em mim, em nós. Já vi este filme antes.
Em dia de verão, foi diferente. E foi cumprido o meu desejo.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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