Existem pessoas que a gente olha e diz: É aquela. Vai estar na minha vida em permanência.
Criar raízes. Instalar-se. Para sempre. Num sempre igual ao nosso.
Quem sabe o futuro? Num sempre em que acreditamos e que começa assim que olhamos, apontamos e dizemos: É aquela.
E parece que nós decidimos que aquela vai ficar.
Existem pessoas, que estão sempre à nossa porta. Simulando entradas. Insinuando começos. Distraindo-nos o querer. Oferecendo uma nota alta ao nosso aceno. Se calhar, até podiamos dar o jeito. Como se fossem crianças e os passos, inseguros, estendermos a mão, um dedo e zás, ficavam do lado de dentro. Logo se veria. Num sempre com dois vs. Vais mas voltas...caso...num sempre de boa vontade, condicionado.
Existem pessoas que não pedem licença para entrar.
Tarde piaste! Já estão instaladas, mal dás por elas. Decidem sem nos consultar. E o pior é que gostamos de acreditar nos sempres que nos trazem às mãos cheias de odores que se entranham como sangue nas veias correndo quente e jovem. De cacimbos já cacimbados e por cacimbar, tornados verões de astro rei no meio dia, de verso de palavras por inventar, num diário sem calendário, de canções para cantar, melodicamente junto do piano magestoso e elegante do canto da sala, e bancos de pedra, muros para sentar, baloiçando os pés e sonhando as estrelas na noite de luar, de jogo de sol e sombra, de cabra-cega, de toca e...fica, e foge...
Existem pessoas que nos desarmam, que nos atraiem e que nos intrigam.
Que se alojam nos nossos sempres de todos os dias.
Podem não ser gémeas. Nem sequer irmãs. Mas são almas que se banham nas mesmas águas.
sábado, 10 de julho de 2010
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1 comentário:
Bonito texto. Parabéns.
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