E perguntam vocês, o que é que ela está a fazer lá em cima? Em terras de fim do mundo do diabo mais velho e de figuras ilustres da nossa praça, da história, e das estórias da actualidade como a desse senhor que está acusado de homicídio e que gente minha conhece de Bragança. O Dominguinhos!
Ora bem, vim passar os Santos com os meus primos.
Fui convidada pela Leonor e...bô, carai, aceitei na hora e pensei depois. Levei uns dias num chove não mollha, tentando perceber se iria para Lisboa para junto das crias; uma delas esteve mês e meio pelo Ribatejo trabalhando e a outra esteve a curar-se de um acidente de viação e a trabalhar bué, ou, se optava por subir devagar e pachorrentamente o mapa com todos os senãos que isso traz. E venceram os senãos, num sim-sim, afinal o que é que vou fazer para Lisboa?
- Vai mãe, vai passear, vai, faz-te bem, o que é que vens fazer p'ra Lisboa?
Dar espaço ao filhos foi o que me fez desistir da capital por quatro dias a favor de arejamento em terras para lá do Marão aqui assim na raia de Espanha que até se avistam montes e serras dos nuestros hermanos, olé!!! E na feira se cruzam connosco xicas guapas que eu sei lá, e que descem ao povoado para se divertirem nos carrinhos de choque, nas barracas dos tirinhos ou nos matrecos, que há assim a perder de vista e de moedas para as fichas. Ou pelas ruas onde os quinquilheiros vendem a banha da cobra num comprem mulheres, que é de borla, quem dá mais, de menos que a vida está a ficar cara demais para tanto bolso vazio, mesmo se falam espanhol e nasceram aqui a uns quilómetros.
Vim então comemorar o aniversário da prima Leonor, calhou mesmo bem, com jantar, fotografias, vinho verde, champanhe, bolo e vela e o neto cantando e tocando os parabéns na guitarra a fazer lembrar a minha cria mais velha tocando na sua guitarra clássica nos tempos de estudante de música no conservatório da sua cidade ( passou tanto tempo e tenho saudades de a ouvir tocar, dunas, são como divãs... ).
Vim então respirar este ar do norte. Rir e conversar muito sobre o passado, com uns, do presente com outros e do futuro com todos. Estar em família. Com três gerações. Bem dispostas, divertidas e bem humoradas, de férias e com tempo para estarem.
Vim passear. Comer os petiscos nortenhos. Iniciar-me nas castanhas,
Vim descansar.
E aqui estou. E aqui estamos. Eu e a minha família que ainda somos alguns. Uns dez.
O que é que estou a fazer em Trás-os-Montes? A tentar momentos de felicidade num encontro com a família que me quer bem. Me trata com carinho e respeito. Num encontro com o passado, as raízes, o que fui, o que sou e o que quero ser.
Ora bem, vim passar os Santos com os meus primos.
Fui convidada pela Leonor e...bô, carai, aceitei na hora e pensei depois. Levei uns dias num chove não mollha, tentando perceber se iria para Lisboa para junto das crias; uma delas esteve mês e meio pelo Ribatejo trabalhando e a outra esteve a curar-se de um acidente de viação e a trabalhar bué, ou, se optava por subir devagar e pachorrentamente o mapa com todos os senãos que isso traz. E venceram os senãos, num sim-sim, afinal o que é que vou fazer para Lisboa?
- Vai mãe, vai passear, vai, faz-te bem, o que é que vens fazer p'ra Lisboa?
Dar espaço ao filhos foi o que me fez desistir da capital por quatro dias a favor de arejamento em terras para lá do Marão aqui assim na raia de Espanha que até se avistam montes e serras dos nuestros hermanos, olé!!! E na feira se cruzam connosco xicas guapas que eu sei lá, e que descem ao povoado para se divertirem nos carrinhos de choque, nas barracas dos tirinhos ou nos matrecos, que há assim a perder de vista e de moedas para as fichas. Ou pelas ruas onde os quinquilheiros vendem a banha da cobra num comprem mulheres, que é de borla, quem dá mais, de menos que a vida está a ficar cara demais para tanto bolso vazio, mesmo se falam espanhol e nasceram aqui a uns quilómetros.
Vim então comemorar o aniversário da prima Leonor, calhou mesmo bem, com jantar, fotografias, vinho verde, champanhe, bolo e vela e o neto cantando e tocando os parabéns na guitarra a fazer lembrar a minha cria mais velha tocando na sua guitarra clássica nos tempos de estudante de música no conservatório da sua cidade ( passou tanto tempo e tenho saudades de a ouvir tocar, dunas, são como divãs... ).
Vim então respirar este ar do norte. Rir e conversar muito sobre o passado, com uns, do presente com outros e do futuro com todos. Estar em família. Com três gerações. Bem dispostas, divertidas e bem humoradas, de férias e com tempo para estarem.
Vim passear. Comer os petiscos nortenhos. Iniciar-me nas castanhas,
Vim descansar.
E aqui estou. E aqui estamos. Eu e a minha família que ainda somos alguns. Uns dez.
O que é que estou a fazer em Trás-os-Montes? A tentar momentos de felicidade num encontro com a família que me quer bem. Me trata com carinho e respeito. Num encontro com o passado, as raízes, o que fui, o que sou e o que quero ser.
2 comentários:
Nada como a família. Ainda bem que tiveste um bom fim de semana. Bj.
Obrigada amiga.
Beijos.
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