Ele há matabichos felizes. Gulosos. Sabendo a passado, também ele feliz. Luanda há poucos meses. Numa casa mesmo de frente para a baía e para a Ilha, ali numa nesga que os prédios da frente fazem, dando-nos permissão para acordarmos com o mar no olhar e a vontade de um passeio pelas areias da ilha, sentindo o sol tocar-nos a certeza de que estamos felizes. E o passado ainda mais longínquo quando candengues alegres nos chamavam de casa e corriamos da rua, descalços, para mais um prato de flocos de aveia, cheirando a limão e canela.
Hoje, de férias, com vontade de ser criança, respirar Luanda, sentir o lar, eis que me ocorre uma tigela de flocos de aveia, à velha moda tradicional, como os das mães do bairro, que diariamente preparavam para os seus meninos, em que também podia acontecer, maisena com gema de ovo e casca de limão, tapioca, custarda ou matete ( feita de farinha de milho ).
Eis aqui a minha taça de flocos de aveia. E a receita, que é simples.
Para meio litro de leite, talvez 4 colheres de sopa de flocos, casca de limão e açúcar a gosto, no final. Deixar ferver e cozer durantes alguns minutos, mexendo sempre. Já no prato, taça ou tigela, polvilhar com canela, a gosto.
A mim soube-me pela vida, para além de me lembrar dos tempos idos, da minha kamba que sempre faz flocos quando vou a Luanda e não necessariamente de manhã. Houve uma noite de Janeiro último, que, à ceia, naquelas noites de Luanda; quentes, com os grilos a cantarem, os automóveis businando impacientes, a chuva querendo chover a potes, a lua espelhando a sua luz prateada nas águas da baía, a música espalhando-se pelos quintais, cheirinho a terra molhada, os kanucos bricando na rua, que nos lembrámos desta guloseima, e se nos lembrámos melhor a comemos.
Estou de férias e entro pelo passado sem me esquecer e afastar do presente. Porque o que quero mesmo é aproveitar estes dias de descanso e lazer, fazendo só o que me faz falta. Para me sentir bem. Comecei deste jeito e com jeito vai.
Hoje, de férias, com vontade de ser criança, respirar Luanda, sentir o lar, eis que me ocorre uma tigela de flocos de aveia, à velha moda tradicional, como os das mães do bairro, que diariamente preparavam para os seus meninos, em que também podia acontecer, maisena com gema de ovo e casca de limão, tapioca, custarda ou matete ( feita de farinha de milho ).
Eis aqui a minha taça de flocos de aveia. E a receita, que é simples.
Para meio litro de leite, talvez 4 colheres de sopa de flocos, casca de limão e açúcar a gosto, no final. Deixar ferver e cozer durantes alguns minutos, mexendo sempre. Já no prato, taça ou tigela, polvilhar com canela, a gosto.
A mim soube-me pela vida, para além de me lembrar dos tempos idos, da minha kamba que sempre faz flocos quando vou a Luanda e não necessariamente de manhã. Houve uma noite de Janeiro último, que, à ceia, naquelas noites de Luanda; quentes, com os grilos a cantarem, os automóveis businando impacientes, a chuva querendo chover a potes, a lua espelhando a sua luz prateada nas águas da baía, a música espalhando-se pelos quintais, cheirinho a terra molhada, os kanucos bricando na rua, que nos lembrámos desta guloseima, e se nos lembrámos melhor a comemos.
Estou de férias e entro pelo passado sem me esquecer e afastar do presente. Porque o que quero mesmo é aproveitar estes dias de descanso e lazer, fazendo só o que me faz falta. Para me sentir bem. Comecei deste jeito e com jeito vai.
4 comentários:
Ah Maria Clara que saudades das papas de aveia, que a minha tia Natércia fazia, com casquinha de limão, manteiga da Cela e canela.Huuuuuuuuuuum parece que lhe sinto o cheirinho!Boas recordações da nossa infância e juventude, não é?
Bjnhs Elena Sines
As saudades são mais que muitas não é? E não são de papas de aveia mas sim do que representavam as mesmas.
É o tempo doce das nossas memórias a tornar-se presente à memida que os anos vao passando.
Somos nós a dar espaço a que a saudade se instale...
Porque será? Será velhice?
Sou eu a tentar perceber...
Beijos Elena
Olha velhos são os trapos.É só passar do tempo!:) E as saudades querem dizer que temos motivos para recordar e bem o nosso tempo de meninas de Angola.Eu, apesar da tristeza e da enorme saudade de não poder acabar os meus dias, na terra que me viu crescer e fez crescer, como pessoa, tenho um orgulho enorme por ter tido a experiência de lá ter vivido. Só isso ja me enche o peito. Fico até um bocado "cagona":) por ter o privilégio de dizer que vivi em Angola e que a aaaamo de paixão. Bjnhs Maria Clara
da Elena Sines
Beijos minha querida Elena.
Um bom fim de semana.
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