sexta-feira, 29 de julho de 2011

recriando

partida do tempo ( II )

Houve um tempo generoso
semeado, de cristais
nos canteiros de rosas amarelas,
quais lágrimas brancas suspensas,
brilhando,
nas manhãs orvalhadas de cacimbo
E de palavras bordadas a oiro e prata
E de estradas de acácias floridas.
E de futuro, chamando por mim...
Houve um tempo
que eu não sabia o que era o tempo.
Onde é que ele está?
Perdeu-se de mim...
Há dias em que olho o tempo que se foi
Nostálgica
E vejo já o presente, partindo.
Sento-me a chorar,
no porto desabrigado,
Cais do meu desencanto,
Lágrimas negras
Que ele, o tempo,
louco por partir
Não tem tempo de enxugar.
Hoje, queria o meu tempo de volta
Para te sonhar,
e no tempo que é teu,
estar em tempo para te amar.

m.c.s 28.07.2011

Porque sou administradora móvel ( mês de Julho ) de um grupo poético, fiquei sem tempo para escrever, pois tenho que ler todos os escritos ali publicados diariamente e comentá-los, então resolvi recriar estes versos através do post, partida do tempo e publicar no grupo poético. Aqui está, para ficar registado.

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